Ao lado de nomes como o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, o ministro do Supremo Teori Zavascki, 68, se tornou um dos nomes mais conhecidos da Operação Lava Jato.
Zavascki entrou na corte em 2012, por nomeação da então presidente Dilma Rousseff, em meio à parte final do julgamento do mensalão. À época, era o maior caso a ser sentenciado na corte, mas ele não participou da fase principal do trâmite.
Em 2014, com a deflagração da Lava Jato pela PF e a consequente menção a políticos com foro privilegiado por delatores, passou a ser o relator da corte da maior investigação sobre corrupção da história do país.
Ganhou notoriedade com ordens até então inéditas, que acabaram avalizadas pelos demais ministros. As principais foram a ordem de afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando da Câmara, em 2016, e a ordem de prisão do então senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), em 2015. Delcídio foi o primeiro senador a ser detido no exercício do mandato.
Todos os casos relacionados à Lava Jato que incluíam suspeitos com foro privilegiado, como congressistas e ministros, ficavam sob sua responsabilidade.
Avesso a entrevistas, Zavascki quase não se manifestava publicamente fora dos processos. A jornalistas, antes do recesso do Judiciário, em dezembro, disse que 2016 tinha sido um “ano difícil para o Brasil”.
Durante o recesso, o ministro analisava a homologação das delações da Odebrecht, o maior acordo de colaboração da Lava Jato. A expectativa era que o trabalho estivesse pronto no próximo mês.