Unir em um único evento exemplos de boas práticas em sustentabilidade resultantes de atividades em setores produtivos na Bahia foi o foco do I Fórum de Inovação e Sustentabilidade para a Competividade (FISC), realizado na quinta-feira (24), em Salvador (BA). Representando a Associação Baiana do Produtores de Algodão, (Abapa), o presidente da instituição, Júlio Cézar Busato, foi um dos palestrantes do evento, que enfatizou a força do agronegócio no Estado.
A Bahia ocupa hoje a 7ª posição no ranking do agronegócio brasileiro e já é responsável por quase metade da produção do Nordeste, segundo dados do IBGE. O percentual chega a 47% dos produtos agrícolas gerados por toda a região e coloca o Estado em lugar de destaque na economia nacional. Dentro do território baiano, o agronegócio é responsável por 51% das exportações e por 32% dos empregos gerados.
“O agronegócio tem sido o grande futuro do Brasil, tem crescido muito na Bahia e precisamos, todos os dias, buscar formas para contribuir com este crescimento, este é o foco do FISC”, destacou João Batista, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), uma das entidades organizadoras do evento.
Os participantes se depararam com relatos das melhores estratégias para aproveitar o potencial agrícola sustentável em evidência na Bahia. Importantes produtores deste ecossistema relataram as boas práticas na relação entre o setor produtivo e o desenvolvimento sustentável, como desenhou Júlio Busato, em sua apresentação, mostrando as ações dos produtores do Oeste na busca incessante pela preservação dos recursos ambientais, produzindo mais, em menores áreas e com excelentes produtividades.
As práticas desenvolvidas pelas associações Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia) e Abapa foram destacadas por Busato, que traduziu em números o resultado dessas ações. “Os agricultores do Oeste da Bahia preservam mais de 4 milhões de hectares de cerrado. Eles investiram cerca de 11 bilhões de reais para preservar 35% do cerrado em suas propriedades. Se a área preservada fosse cultivada com milho iria gerar uma receita de 6,3 bilhões de reais/ano”, comparou.
Para o superintendente do Ibama na Bahia, Rodrigo Alves, entidade que também está à frente da realização do FISC a ideia foi dar visibilidade a bons exemplos realizados pelo setor produtivo baiano, que estão preservando mais do que a legislação exige. “Difundir todo esse conhecimento e mostrar como esses produtores estão conseguindo unir em um só tempo, sustentabilidade, desenvolvimento e inovação, sem que o Estado esteja os cobrando. Eles estão indo muito além do que aquilo que o Estado exige, isso precisa ser destacado e mostrado”, disse.
Além de Salvador, o FISC acontecerá em outras cidades da Bahia como Barreiras e Vitória da Conquista. O evento é realizado pelo Jornal Correio, IBAMA e WordWacth Institute (WWI), com patrocínio da Fazenda Sucesso, Suzano S.A., ABAPA (Fundeagro) e FAEB/SENAR, com apoio da Fundação Baía Viva e apoio institucional da FIEB e FAEB/SENAR.
Assessoria de Imprensa da Abapa