Líder nacional no número de parques, são 160 em operação, e na comercialização de projetos, a geração de energia eólica na Bahia cresceu 49,9% no primeiro semestre de 2019, quando comparado com o mesmo período do ano passado. A produção, entre janeiro e junho deste ano, foi de 7.262 Gigawatt/hora (GW/h), enquanto no mesmo período de 2018 foi de 4.844,2 GW/h. Além de registrar a maior taxa de crescimento, graças aos novos parques em funcionamento, os números fizeram o estado liderar nacionalmente na produção energética.
Segundo o Panorama de Energias Renováveis de setembro, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), a geração de energia produzida no primeiro semestre deste ano, no estado, pode abastecer 9,6 milhões de residências/mês e até 28,8 milhões de habitantes. O estado apresentou os melhores aproveitamentos do vento para a geração de energia do país, no período. Os ventos baianos têm velocidade superior a necessária para a geração de energia, é unidirecional e constante. A região onde os parques estão instalados possui fatores de capacidade superior a 50% e atinge picos de 85% em meses mais produtivos.
“Nossos parques estão em ebulição. Somos o maior gerador de energia eólica, em uma região de semiárido, onde o povo está sendo beneficiado com a energia a partir dos ventos. Nós ainda temos muitos locais para instalar energia limpa e a Bahia será o futuro do Brasil na questão energética. Até 2024, o estado irá acrescentar mais de 1,5 GW na sua capacidade instalada”, afirma vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE).
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), até o final de 2019, outros cinco parques eólicos devem entrar em funcionamento. Os empreendimentos são Acauã, Arapapá, Papagaio, Teiú 2 e Tamanduá Mirim 2 e estão localizados no município de Pindaí, na região do Sertão Produtivo.
“Estimular a eficiência energética baiana tem sido foco do Governo do Estado nos últimos anos e os números correspondem. Além do crescimento em energias renováveis, com a atração de novos parques e ampliação da cadeia produtiva do setor, estamos diversificando as matrizes energéticas e em breve poderemos nos tornar ainda mais competitivos no país”, afirma Marcus Cavalcanti, secretário de Infraestrutura.
Em dezembro, o Brasil completa 10 anos do primeiro leilão competitivo exclusivo para energia proveniente de fontes eólicas, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em uma década, a Bahia assumiu o protagonismo, tanto em número de usinas quanto na capacidade de geração de energia. Já foram investidos cerca de R$ 16 bilhões nos 160 empreendimentos em operação, que conta com um potencial instalado de 3,99 GW e a geração de mais de 29 mil empregos diretos, na construção dos parques.
Parque Sertão Solar em Barreiras
Está em pleno andamento em Barreiras, as atividades de implantação de um dos maiores parques de produção de energia solar do Brasil, com capacidade para gerar 117 MW de potência. O Sertão Solar está situado nas proximidades do Aeroporto de Barreiras, em uma área de 300 hectares, e emprega diretamente mais de 800 pessoas.
A expectativa é que o parque de energia solar possa entrar em operação nos próximos 30 dias. “Começamos as obras em março deste ano, com mais de 1000 pessoas trabalhando. Temos a satisfação em treinar e formar cerca de 700 trabalhadores de Barreiras, nos sentimos muito acolhidos pela cidade. Estamos desenvolvendo também atividades na área de educação e meio ambiente, em parceria com a Prefeitura de Barreiras, é sem dúvida uma experiência muito proveitosa para a Atlas”, disse o presidente da Atlas, Luis Pita.
Para se ter uma ideia da grandiosidade do empreendimento Sertão Solar Barreiras, a energia produzida atenderia a uma demanda de cerca de 700 mil pessoas. “As placas instaladas convertem o recurso, a energia que vem do sol em energia elétrica para uso convencional. Esse parque vai escoar essa energia através de uma linha de transmissão de 17 km até um ponto de conexão em uma subestação da cidade”, explicou o gerente de projetos Thiago Figueiredo.