Segundo maior exportador mundial de algodão, e reconhecido pela qualidade da pluma e sustentabilidade e altas produtividades na produção da commodity, o Brasil tem servido de parâmetro e difundido tecnologia em países vizinhos, África subsaariana e Caribe. Na última segunda-feira (22), o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel explanou sobre as iniciativas da parceria entre Abrapa, Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Ministério das Relações Exteriores do Brasil, através da Agência Brasileira de Cooperação (MRE/ABC) e Escritório da FAO para a América Latina e Caribe, no continente africano, durante o seminário “Brasil-África, relançando parcerias”, promovido pelo MRE e a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Na África, a parceria, firmada em 2012, com o projeto Mais Algodão, tem permitido ações para a promoção de condições de trabalho dignas e erradicação do trabalho infantil, além de capacitação de pessoas, logística e combate à fome, em países produtores de algodão, como Mali, Moçambique e Tanzânia. Para isso, os signatários do projeto têm como aliado a Organização Internacional do Trabalho (OIT), parceira do Governo Brasileiro.
“Desde a criação do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), em 2012, e posteriormente, em 2013, o benchmark com a Better Cotton Initiative (BCI), os cotonicultores brasileiros têm acumulado um conhecimento na promoção de condições de trabalho decentes. O ABR está presente em 83% das lavouras brasileiras e somos hoje o maior supridor de algodão licenciado pela BCI no mundo. Podemos, com este know how, ajudar os produtores africanos a organizar a cadeia produtiva e entender a importância de combater qualquer forma de trabalho degradante”, disse Schenkel.
*Imprensa Abrapa