No Brasil, 753 pessoas morreram por febre maculosa entre os anos de 2012 e 2022. Os dados do Ministério da Saúde apontam que o país teve 2.157 casos confirmados ao longo de 10 anos, 36% deles registrados em São Paulo. Considerando apenas as mortes, municípios paulistas concentraram 62% do total (467 óbitos).

Nesta semana, o Instituto Adolfo Lutz confirmou que a dentista Mariana Giordano, o namorado dela, Douglas Costa, e uma jovem de 28 anos morreram por causa da doença. Os três estiveram em uma fazenda em Campinas que organiza grandes shows e eventos. As atividades foram suspensas.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, ela é transmitida pela picada do carrapato. No Brasil, o carrapato-estrela é um dos principais vetores. No entanto, qualquer espécie do parasita pode carregar a bactéria.

Existem no Brasil dois perfis ecoepidemiológicos associados às bactérias e eles se concentram no Sudeste e Sul, principalmente. Por isso, é raro o registro de caso/óbitos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

  • Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste.
  • Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.

Veja os números por região ao longo de 10 anos:

Centro-Oeste: 31 casos e 1 morte (Mato Grosso em 2014);

Nordeste: 34 casos e 1 morte (Pernambuco em 2015);

Norte: 16 casos e nenhuma morte;

Sudeste: 1.354 casos e 673 mortes (a maioria em São Paulo);

Sul: 497 casos e 3 mortes (todas no Paraná, em 2015 e 2017).

* Em 2023, 49 casos e 6 óbitos foram confirmados, mas os números são preliminares e podem sofrer alterações.

Fonte//G1

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