Setor que responde por quase 30% da economia da Bahia, o agronegócio conquistou mais um espaço permanente para fomentar o debate e impulsionar ações para o seu fortalecimento. O I Fórum Permanente em Defesa do Agronegócio foi criado na manhã desta quinta-feira (26), em Salvador (BA), e contou com a participação das entidades que promovem o desenvolvimento sustentável da agricultura no território baiano. Ao lado da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB) e Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB), a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) representou o setor no lançamento do fórum, uma iniciativa da Band Nordeste e do Instituto Washington Pimentel.
Para um dos idealizadores do fórum, Washington Pimentel, este é um movimento necessário para propor o elo entre a realidade que acontece no campo desenvolvido pelo setor produtivo, e como essas informações chegam até as pessoas que vivem nos grandes centros urbanos. “A Bahia tem a maior produtividade da soja e a fibra de algodão com maior qualidade do Brasil. Temos aqui hoje os produtores do Oeste, do Vale do São Francisco, da Chapada, que fazem acontecer nas fronteiras agrícolas, e eles vão dizer que o acontece lá, não é dito aqui. As melhores práticas agrícolas e com sustentabilidade são empreendidas no cerrado baiano. Precisamos trazer a compreensão dessa realidade do que se trata a indústria do agronegócio baiano para toda a população”, afirma.
Ao representar a Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) no painel Cenário da Agricultura Brasileira – Desafios e Potencialidades, o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB), Davi Schmidt, classificou como positiva a iniciativa do fórum e a oportunidade dos produtores expressarem o seu ponto de vista e proporcionar o diálogo com outros segmentos da economia. “O Fórum ajuda a abrir a janela do agro em Salvador para entender melhor a realidade do agro, que é bastante singular, e mudar a percepção de quem não conhece o setor, que trabalham em segmentos e que vivem o seu cotidiano na cidade. Tenho certeza que esta nova instância de debate vai abrir muitas portas junto aos representantes do poder público, setor jurídico e a mídia que ficam na capital”, afirma.
O Fórum levou informações relevantes relacionadas às diferentes culturas e práticas agrícolas adotadas na Bahia, destacando o papel dos produtores no impulsionamento da economia baiana e brasileira . O agronegócio representa 50% das exportações do Brasil. Para o diretor-executivo da Abapa, Gustavo Prado, este é mais um espaço para mostrar o que a agricultura proporciona de bom, com geração de emprego e renda com sustentabilidade, movimentando a economia e levando comida e dignidade às pessoas, por meio da terra. “Esperamos que o fórum propicie novos momentos de interação com a presença de representantes da sociedade para que possam se tornar apoiadores e parceiros efetivos dos produtores rurais do oeste e da Bahia”, afirma.
O evento abrigou ainda o painel Políticas Públicas, Segurança Jurídica e Fortalecimento do Agronegócio, que contou com a participação da secretária Jusmari Oliveira, que representou na solenidade o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; da procuradora geral do Estado da Bahia, Bárbara Camardelli, o desembargador Mário Albiani Júnior, representando o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia; o coordenador geral de apoio às superintendências do Ministério da Agricultura, Oziel Oliveira, e Marko Silva, diretor de operações do Desenbahia. Também participaram dos painéis os deputados estaduais Manuel Rocha (União Brasil), presidente da comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), e Eduardo Salles (PP), da comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo.
Assessoria de Imprensa da Abapa