Antes do início do plantio do algodão na região sudoeste, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) manteve os esforços na transferência de conhecimento e tecnologia aos pequenos agricultores. A entidade promoveu um seminário sobre os desafios da cultura do algodão no dia 18 de outubro, no distrito de Canabrava, no município de Malhada, que reuniu cerca de 60 pessoas, entre produtores, consultores, técnicos, agrônomos e representantes do poder público. No dia 17, os técnicos do programa fitossanitário da Abapa fomentaram as reuniões com os agricultores dos distritos de Mutãs, em Guanambi, e Lagoa da Pedra, em Candiba. Durante os eventos, foram debatidas as estratégias de fitossanidade que podem possibilitar maior produtividade na nova safra 2023/24, iniciada na quarta-feira (1º).

Ao participar do seminário, o produtor Luiz Carlos Fernandes, acredita que a região tem potencial com suas terras férteis que já produziram muito antes de ter a sua produção dizimada pelo bicudo do algodoeiro. “Este eventos são fundamentais para incorporar o que há de melhor em tecnologia para que possamos crescer de forma sustentável”, afirma. Já o agricultor Aurelizo Costa vê com muito entusiasmo a retomada gradual e consistente da produção de algodão nas áreas agrícolas do Sudoeste. “O apoio da Abapa é importante para trazer essa sinergia, com os encontros e a transferência de tecnologia com a distribuição dos kits de irrigação, sementes e defensivos”, afirma.

Os eventos foram organizados para debater as boas práticas da cotonicultura, incluindo o cumprimento do vazio sanitário para a prevenção de pragas como o bicudo do algodoeiro. O coordenador do programa fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo, e do técnico responsável pela assistência técnica no sudoeste, Lucivaldo Martins, avaliaram como satisfatórios os encontros que também avaliaram o desempenho da safra 2022/23 e as perspectivas para o início do novo ciclo produtivo, que inclui o monitoramento do regime de chuvas para a semeadura, diante do cenário de instabilidade climática trazida pelo El Niño.

Oeste – No dia 20 de outubro, o programa fitossanitário da Abapa realizou uma reunião com os produtores de algodão do núcleo Campo Grande Cascudeiro, na área agrícola do município de Baianópolis. O principal foco foi o manejo para o controle do bicudo, a exemplo do transporte do algodão e caroços e eliminação das tigueras de algodão às margens das rodovias. O técnico da entidade, Romário Macedo, apresentou os índices de bicudos capturados nas armadilhas instaladas em campo para monitorar o nível de infestação da área. Essas informações subsidiam os produtores para a elaboração de estratégias, ainda na fase do vazio sanitário, que no Oeste da Bahia prossegue até o dia 20 de novembro.

Agricultura familiar – As iniciativas da Abapa alcançam dos grandes cotonicultores aos pequenos agricultores familiares. Por isso, desde 2014, a associação disponibiliza kits de irrigação gratuitos a comunidades agrícolas, dando suporte mesmo em momentos de pouca chuva e contribuindo para a continuidade da produção. No Sudoeste da Bahia, o programa Apoio aos Pequenos Agricultores Familiares se volta à cotonicultura, enquanto no Oeste baiano o projeto engloba plantios diversos, como hortaliças e frutas, gerando autonomia e desenvolvimento a esses produtores. Para saber mais sobre as ações da Abapa junto aos pequenos produtores rurais, confira no vídeo: https://youtu.be/BPf8tIUXf4M.

Assessoria de Imprensa da Abapa

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