A Receita Federal e a Polícia Federal cumpriram um mandado de busca e apreensão em Salvador, nesta quinta-feira (11), durante uma operação com o objetivo de alcançar os mentores e quem teve participação na fraude ao Imposto de Renda que começou a ser investigada em 2020.
A Receita Federal estima que o prejuízo aos cofres públicos seria de cerca de R$ 16,3 milhões, caso a fraude não fosse desarticulada. A investigação apontou que contribuintes colaboraram com a fraude ao indicar novos clientes aos mentores do esquema, o que pode ter gerado um efeito manada dentro de seus respectivos ambientes de trabalho.
A ação contou com a participação de auditores-fiscais, analistas tributários e policiais federais. Segundo a Receita Federal, a decisão judicial foi expedida pelo Juízo da 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia.
Como funcionava o esquema?
- De acordo com a Receita Federal, o esquema envolvia declarações elaboradas com informações forjadas de pensões alimentícias, despesas de saúde e de instrução do titular e dependentes.
- Com isso, os contribuintes investigados tinham redução do imposto a pagar ou aumento do imposto a restituir.
A investigação identificou que as declarações suspeitas foram transmitidas de forma centralizada, por meio de dispositivos informáticos, em tese, vinculados aos alvos desta operação que, segundo depoimentos de contribuintes, se apresentavam como advogado e contador.
Além disso, existem suspeitas de que alguns contribuintes colaboraram com a fraude ao indicar novos clientes aos mentores do esquema, o que pode ter gerado um efeito manada dentro de seus respectivos ambientes de trabalho.
Investigação começou em 2020
Em 2020, quando as investigações começaram, foram identificadas cerca de 1.200 declarações do Imposto de Renda, dos exercícios de 2015 a 2019, de um grupo de aproximadamente 550 contribuintes, com irregularidades.
Conforme a Receita Federal, a fraude chamou atenção porque todos os investigados trabalhavam no mesmo órgão público. “Em sequência, o mesmo tipo de fraude e comportamento foram observados com outro grupo de contribuintes em outras instituições públicas. E há evidências de que os mentores sejam os mesmos”, afirmou a Receita Federal, em nota.
Fonte//G1