Saudações!
Obviamente a coluna desta semana está pautada no incêndio ocorrido no Mercado Intendente Caparrosa, ou, mercado velho, controlado pelo Corpo de Bombeiros de Barreiras que com competência evitou a ruína de prédio tão significativo.
Não trataremos das causas, nem de tudo o mais, que deverá ser divulgada pela mídia especializada. Contaremos apenas uma pequena história.
Na década de 90, existiu a AAEB, Associação dos Arquitetos e Engenheiros de Barreiras, que tinha em seus quadros quase todos os profissionais atuantes na cidade, à exceção dos engenheiros agrônomos que já tinham a sua própria associação. Durante sua existência desenvolveu uma série de ações, sendo duas delas de grande importância para toda a comunidade. A primeira foi a modernização do código de obras do município, que consumiu mais de duas mil horas de trabalho voluntário de cerca de trinta profissionais, arquitetos, engenheiros civis, eletricistas, mecânico, professores do CEFET, dentre outros, e, que apesar de entregue oficialmente ao prefeito de então, não foi transformado em Lei, sendo esquecido nos fundos das gavetas públicas. O trabalho só não foi em vão porque na emancipação de Luís Eduardo Magalhães uma cópia deste código foi encontrada nas gavetas da subprefeitura do Mimoso de Oeste e utilizada, quase integralmente como o primeiro código de obras daquele novo município.
A outra ação, esta remunerada pela prefeitura municipal, foi o projeto de reforma e revitalização do Mercado Caparrosa, concluído e entregue ao gestor de então. O projeto previa a sua utilização como centro de cultura e entretenimento, inclusive com a utilização do seu interior e a regularização da sua ocupação. Sua reforma não custaria muito aos cofres públicos já que as condições de conservação eram melhores do que hoje. Infelizmente este projeto também caiu no esquecimento e vinte e dois anos depois vemos o imponente prédio passar por este grande risco.
Contada a história, fica a pergunta: Para onde vamos? Qual será o nosso destino enquanto comunidade se mal sabemos cuidar de nossa história? Qual papel nos cabe no desenvolvimento desta terra? O que podemos fazer, enquanto sociedade, em favor de todos?
Até a próxima!
Maurício Fernandes