A dançarina e influenciadora digital Carla Perez anunciou, nesta terça-feira (18), que vai se despedir dos foliões do bloco infantil “Algodão Doce” no Carnaval de 2026. A decisão foi divulgada através das redes sociais e de um comunicado emitido pela assessoria da artista.
Segundo Carla, a despedida do Algodão Doce estava organizada e planejada para a folia deste ano. Contudo, após ouvir opiniões de outras pessoas, ela mudou de ideia.
“Minha filha, por exemplo, foi cirúrgica ao me dizer: ‘Eu, como fã da Carla Perez e seguindo ela há anos, ficaria muito chateada se não fosse informada com antecedência que seria seu último Carnaval, para que eu pudesse me programar e ir’. Ela tem razão: esse tempo será importante não só para todos os meus fãs, mas para mim também, psicologicamente falando”, disse Carla.
Neste ano, a artista celebra três décadas de carreira, sendo 25 deles à frente do trio que atrai centenas de crianças no circuito Osmar (Campo Grande). O desfile acontecerá no sábado (1º) e no domingo (2) de carnaval, às 11h. O público poderá curtir apresentações com personagens infantis e convidados como os palhaços Patati Patatá, o DJ Raffa Maciel e o cantor Xanddy Harmonia — marido de Carla.
“Aqui começam os preparativos para a minha despedida. Ela será oficialmente no Carnaval de 2026 (…). Fui escolhida por milhares de crianças que se tornaram adultos e, através deles, seus filhos, sobrinhos e netos me conhecem. É uma história linda. Mas chega uma hora que é necessário passar o bastão, né, gente? Passar o bastão para uma nova geração que está aí”, afirmou.
O bloco Algodão Doce estreou no carnaval de Salvador nos anos 2000. Em 2002, o projeto se transformou em um álbum musical homônimo, que marcou a estreia dela como cantora, seguido por Todos Iguais (2005) e Eletrokids (2007), onde interpretou grandes sucessos da música baiana para o público infantil.
“Minha motivação para criar um bloco infantil na Avenida, Campo Grande, ali pertinho de onde cresci e passei minha infância e adolescência acompanhando o Carnaval de perto, sempre foi a inclusão. Meu desejo era incluir crianças de instituições filantrópicas, sem condições financeiras de estar dentro de um bloco de Carnaval, sabe?”, contou Carla, destacando que, durante todos esses anos, reservou espaço no carro de apoio para os pequenos que não podiam seguir o desfile no chão, por questões diversas.
Em 2018, o bloco baixou as cordas e virou atração para o folião pipoca, passando a integrar a programação de trios independentes da prefeitura de Salvador.
Fonte//G1