Otto Alencar minimiza queda de popularidade de Lula e reforça apoio a Jerônimo para 2026

A estreia do editor-chefe do Portal M!, jornalista Osvaldo Lyra, à frente do programa “De Olho na Bahia”, na Rádio Mix FM Salvador, nesta segunda-feira (10), teve como convidado o senador Otto Alencar (PSD). Durante a entrevista, que aconteceu ao lado do jornalista Matheus Morais, o parlamentar reforçou seu apoio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e falou sobre a formação da chapa “puro sangue” para as eleições de 2026 que pode deixar de fora seu correligionário, o senador Angelo Coronel (PSD), que quer disputar a reeleição.

O presidente do PSD-BA também abordou a queda na popularidade do presidente Lula. Além disso, Otto comentou sobre os desafios que enfrentará à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Apoio a Jerônimo e mudança no secretariado

Outro ponto abordado na entrevista foi o apoio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e a cobrança por uma reforma no secretariado. Otto defendeu a gestão do petista e minimizou a necessidade de grandes mudanças. “Em time que está ganhando, não se mexe. O governador tem tido uma gestão eficiente, e o importante é a continuidade do trabalho”, afirmou.

O senador reforçou que continuará apoiando Jerônimo na busca pela reeleição em 2026 e destacou a importância da aliança entre PT e PSD na Bahia.

Formação da chapa para 2026

A entrevista também abordou a formação da chapa governista para 2026. A proposta de uma “chapa puro-sangue” do PT seria o governador Jerônimo Rodrigues (PT) buscando a reeleição, enquanto o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e Jaques Wagner disputariam vagas no Senado. No entanto, isso prejudicaria o senador Angelo Coronel (PSD), que também quer disputar a reeleição.

“Eu acho que Wagner e Coronel têm que se entender. Coronel tem legitimidade para buscar a reeleição, assim como Wagner é uma liderança importante do PT. Isso será discutido no momento certo, com maturidade”, ponderou Otto.

A composição sugerida por Wagner, no entanto, tem gerado controvérsias, já que deixa de lado o senador Angelo Coronel (PSD). O senador, inclusive, está decidido a lançar a própria candidatura à reeleição para disputar a recondução ao Senado pela Bahia, conforme mostrou a Coluna Vixe!. A dúvida é se Coronel integrará formalmente a chapa do governador Jerônimo e de Wagner ou se lançará candidatura avulsa na eleição de 2026.

Popularidade de Lula e economia

Durante a entrevista, Otto Alencar minimizou a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontada por pesquisas recentes. “A avaliação das pesquisas indicou uma queda na aprovação do presidente, mas isso é sazonal e pode ser recuperado. Em qualquer confronto eleitoral, Lula ainda aparece como favorito”, afirmou o senador.

Segundo Otto, fatores econômicos e ambientais tiveram impacto na popularidade do governo. “O aumento da inflação está ligado à maior circulação de dinheiro entre as famílias, com a redução do desemprego para 6,4%. Tivemos também problemas ambientais, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a estiagem no Centro-Oeste, que afetaram a produção agrícola”, explicou.

Otto também defendeu as políticas econômicas do governo e criticou a pressão do mercado financeiro para manter juros elevados. “O Estado só avança quando o dinheiro circula na mão de muitos, e não apenas na Faria Lima e na Avenida Paulista”, declarou.

De acordo com uma pesquisa da Atlas Intel/Bloomberg, divulgada na última sexta-feira (7), a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu no mês de fevereiro acima das avaliações de ótimo, bom e regular. O levantamento aponta que problemas com economia, segurança pública e corrupção são os que mais preocupam os brasileiros neste começo do segundo biênio do petista.

O aumento da desaprovação começou a ser sentido no final do ano passado principalmente por conta da disparada dos preços dos alimentos, que fez o governo se mexer e correr atrás de medidas para conter a sangria da popularidade do presidente. Segundo a Atlas Intel, a desaprovação a Lula chegou a 53% em fevereiro, contra 45,7% da aprovação. Em janeiro, estes índices eram de 51,4% e de 45,9%, respectivamente:

Desafios à frente da CCJ

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar destacou os desafios à frente do colegiado. “Temos temas importantes como a reforma tributária, a questão da Previdência dos militares e a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. São matérias fundamentais para o país”, afirmou.

O senador também defendeu a tributação sobre lucros e dividendos, argumentando que grandes empresas recebem incentivos fiscais, mas distribuem lucros sem pagar impostos. “O Brasil precisa rever essa política. Não faz sentido que investidores bilionários retirem seus lucros do país sem qualquer tributação”, criticou.

Fonte//Muita Informação – Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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