Depois dos Estados Unidos anunciarem a saída da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Israel também tomou a mesma decisão e informou nesta quinta-feira (12) que não permanecerá na entidade. Para Israel, a atuação da Unesco tornou-se um “teatro do absurdo”.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “deu a instrução ao Ministério das Relações Exteriores para preparar a retirada de Israel da organização, paralelamente aos Estados Unidos”, afirma uma nota de seu gabinete. “A Unesco se tornou o teatro do absurdo, onde se deforma a história, em vez de preservá-la”, ressaltou.
No ano passado, Israel anunciou a suspensão de sua cooperação com a Unesco, um dia depois de uma votação criticada pelos israelenses sobre um local sagrado de Jerusalém. Do ponto de vista israelense, a decisão seria uma negação do vínculo milenar entre os judeus e a cidade.
Membros da Unesco chegaram a criticar a restrição de acesso de muçulmanos a um local, reverenciado por judeus e muçulmanos, que é conhecido por judeus como Monte do Templo e por muçulmanos como al-Aqsa our Haram al-Sharif.
Estados Unidos anunciam saída da Unesco
Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (12) que está se retirando da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O país continuará como membro da entidade até o final deste ano
De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, os EUA tem pretensão de estabelecer uma missão permanente como “observadores” nesse organismo.”Não foi uma decisão fácil e reflete as preocupações dos EUA com pagamentos em atraso na Unesco, a necessidade de reformas fundamentais na organização e a continuidade do viés anti-Israel na Unesco”, informou o departamento.