Ataques de onças em áreas rurais de Formosa do Rio Preto, oeste da Bahia, continua a preocupar os produtores locais. A Revista Formosa entrevistou Carlúcio Nogueira, que faz parte do Conselho Gestor da Estação Ecológica Rio Preto, produtor rural e dono da Fazenda Santo Antônio, na região de Serrito, vizinha da Estação ESEC Rio Preto, aproximadamente 30 km da sede do município.
Carlúcio informou que atua na fazenda há 40 anos e sempre conviveu com ataques de onças. No entanto, nos últimos anos, a situação tem se agravado, com ocorrências cada vez mais frequentes e próximas à sede da propriedade, colocando em risco até a segurança dos moradores.
Outro ponto abordado na entrevista foram os prejuízos causados pelos ataques e os tipos de animais mais afetados. A resposta surpreendeu: as perdas ultrapassam R$ 100 mil, atingindo bovinos, equinos e ovinos. Além disso, esses animais passam por melhoramento genético, o que eleva os custos de manutenção.
Perguntamos também se o produtor recebeu algum suporte das autoridades ambientais para lidar com o problema e se houve alguma tentativa de ressarcimento pelos prejuízos.
Carlúcio relatou que entrou em contato com os órgãos competentes, enviou e-mails solicitando providências e registrou um boletim de ocorrência. Uma equipe chegou a visitar a região, mas até o momento nenhuma ação concreta foi tomada pelo Estado para minimizar os prejuízos.
A gravidade da situação se reflete no impacto social e econômico. Segundo o produtor, trabalhadores rurais estão temerosos e alguns se recusam a continuar na propriedade devido ao risco constante de encontros com as onças.
Em fevereiro, a Revista Formosa entrou em contato com o INEMA – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia, solicitando esclarecimentos sobre os acontecimentos. A Diretora de Sustentabilidade do órgão encaminhou a demanda para a Assessoria de Comunicação do INEMA e Conservação. No entanto, até o momento, não houve resposta por parte do órgão.
Fonte//Revista Formosa