No dia 24 de janeiro de 2018, o cidadão Luis Inácio Lula da Silva, foi julgado pela 8ª Turma Criminal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, composta pelos desembargadores: João Pedro Gebran, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus e, sendo que, por decisão unânime, decidiram os desembargadores, condenar o ex-presidente à 12 anos e 1 mês de reclusão, além do pagamento de multa, no valor de R$ 1 milhão de reais. Lula, condenado, como qualquer cidadão da República do Brasil, poderá ser preso, mas isso, só ocorrerá após o julgamento dos Embargos de Declaração, único recurso possível a ser interposto, ainda junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Posteriormente, talvez já preso, Lula, poderá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde talvez, tenha até mais chances de ser absolvido, muito embora no mundo jurídico diga-se que as maiores chances do ex-presidente estejam no Superior Tribunal Federal (STF). Mas, Lula e seus advogados, a despeito de produzirem a defesa que lhes foi oportunizada no devido processo legal, durante o contraditório, preferiu simplesmente partir para o ataque ao judiciário, inicialmente demonizando a figura do juiz Sérgio Moro e agora, atacando os desembargadores, aos quais chamou de cartel, por terem lhe aplicado pena superior a que tinha sido condenado em primeira instancia. Lula e seus asseclas até mesmo atacaram o desembargador Thompson Flores, presidente do Tribunal Regional Federal, invocando a figura de um antepassado do desembargador, um coronel que morreu em combate combatendo as tropas insurgentes de Canudos. Lula, fez até menção que poderia ele ter pertencido a Canudos. Ora, já não é a primeira vez que o ex-presidente faz comparações messiânicas, e claramente, se acha ele, um deus, que deve ser adorado pelo povo por ter dado uma esmolinha chamada bolsa família, aos miseráveis, enquanto aos ricos empresários ele abria os cofres da República, seja através do BNDES, Petrobrás, Eletrobrás ou outra estatal qualquer. O que fez Lula ao dia seguinte da sua condenação? Ao invés de dizer que deixava ao assunto para seus advogados resolverem, não, procurou dizer que não aceitava a decisão do judiciário. E mais, insuflou seus asseclas seguidores, a prosseguirem com ameaças a democracia, insinuando que não aceitarão a sua prisão. Essa fala, vindo de um ex-presidente eleito com voto popular e que conseguiu eleger sua substituta, trata-se de um tapa na cara democracia brasileira. No mesmo dia, teve o passaporte cassado, por outro juiz. O choro é livre, o jus esperniandi faz parte do jogo, mas o judiciário é um pilar importante para a vida normal do país. O Judiciário tem seus defeitos e mazelas, mas, não pode ser levianamente atacado, apenas porque pretende aplicar a lei penal do país contra um cidadão da República. E Lula, hoje e sempre, será isso, um cidadão, assim como você, eu e os demais nascidos no Brasil, em que pese, parte da população brasileira achar que ele é um deus salvador. Pior, Lula é um cidadão, mas condenado, como bandido, como tunguista do erário público, assim como seu ex-aliado, Paulo Maluf. Ambos podem ter sido campeões de votos, mas, perante o judiciário, são meros bandidos. Para a República, são meros bandidos condenados. O Brasil sobreviveu ao suicídio de Getúlio Vargas e vai sobreviver à Lula e a sua condenação, bem como a sua prisão. E quem sabe, a democracia, após tantos trancos e barrancos, se torne mais salutar ao povo brasileiro.