Pessoa mais jovem da história a receber um Prêmio Nobel da Paz, a paquistanesa Malala Yousafzai visitou o Pelourinho, em Salvador, nesta terça-feira (10), e arriscou batuques na percussão com o Olodum. Ela caminhou pelas ruas do Centro Histórico, amarrou fita do Senhor do Bonfim no chafariz do Largo do Terreiro de Jesus e também esteve na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, onde conheceu a história do santo católico.
A parada mais importante na visita da ativista ao Pelourinho foi na Escola Olodum, lugar que ela própria escolheu visitar ao vir para o Brasil, segundo contou Cristina Calacio, coordenadora da escola. “Quem entrou em contato foi a Agência Tudo [que coordena a agenda de visitas de Malala]. Eles disseram que era um desejo dela, que ela pesquisou nas redes sociais e queria conhecer o trabalho”, afirmou Cristina.
Durante a caminhada, várias pessoas gritavam o nome da paquistanesa e ela, com muita simpatia, devolvia e agradecia os cumprimentos, por vezes em português, dizendo “obrigada”. Malala também tirou fotos com crianças e autografou livros de duas meninas, durante passagem pelo Centro Cultural Solar Ferrão.
Antes de vir a Salvador, ela esteve em São Paulo na segunda-feira (9), quando prometeu investir na educação do Brasil. Três brasileiras serão patrocinadas por Malala. Uma delas é a baiana Ana Paula Ferreira de Lima – uma das coordenadoras da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí), criada em 1979 para “promover e respeitar a autonomia cultural, política e econômica e o direito à autodeterminação dos povos indígenas”.
Em 2012, Malala foi vítima de um atentado do Talebã por insistir em ir à escola – uma atividade proibida para meninas. Desde então, criou uma organização para incentivar a educação de meninas em todo o mundo, e em 2014 se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz.