A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou neste domingo (16) que o ataque virtual ao movimento de mulheres que são contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) é “antidemocrático, autoritário e machista”.
A candidata deu a declaração durante agenda de campanha na tarde deste domingo (16) no bairro da Liberdade, na região central de São Paulo.
“Quero hipotecar meu apoio às mulheres que se articularam e criaram esse grande movimento na internet chamado #Elenão que foi violentamente hackeado por uma visão política autoritária que não respeita a liberdade de expressão, não respeita a liberdade de organização e articulação”, disse.
Marina cobrou posicionamento das autoridades sobre o episódio.
“Em 2014 eu fui vítima desse tipo de ataque cibernético e isso está ganhando uma proporção inaceitável no Brasil e no mundo. Estamos diante de uma situação semelhante a que aconteceu nos Estados Unidos. Setores autoritários antidemocrático querendo influenciar as eleições. Esse tipo de atitude tem resquícios na ditadura”.
Questionada se caberia uma intervenção do TSE, Marina afirmou que sim.
“Os processos autoritários venham de onde vier, sejam contra quem for, devem ser sempre repudiados. Que as instituições tomem providências”.
O grupo de Facebook “Mulheres unidas contra Bolsonaro” sofreu um ataque de hackers e ficou fora do ar na noite deste sábado (15). Neste domingo (16) o grupo foi reativado e o controle voltou para as administradoras originais.
O grupo reúne mulheres contrárias à candidatura de Jair Bolsonaro e tinha mais de 2 milhões de participantes antes de ser hackeado.
A candidata também falou sobre o assunto no Twitter. Na rede social ela disse que o ciberataque ”é uma demonstração de como ditaduras operam. Qualquer ato autoritário é inaceitável, venha de onde vier, seja contra quem for. Toda minha solidariedade ao grupo. Que essa covardia seja investigada e punida”.