Homenagear os mortos é uma tradição no mundo todo. Embora cada cultura, religião e pessoa tenha uma maneira de lidar com a morte, a perda de um ente querido tem um significado muito forte. Para preencher a lacuna deixada pela vida de alguém costumamos nos apegar a símbolos e rituais que são importantes para enfrentar o luto e manter viva a memória daqueles que amamos e já morreram.
No Brasil, o Feriado de Finados é um dia para se rezar pelos entes queridos e levar flores para os túmulos e velas para iluminar caminhos. Todos os anos os cemitérios se preparam para receber uma imensidão de pessoas nesta data. Muitos celebram missas, soltam balões ou criam outras ações simbólicas para essa homenagem.
Independentemente de como a homenagem ocorre, cada ato desta tradição é carregado de motivações pessoais e sentimentos, mas acima de tudo, é uma expressão de respeito aos que já se foram. Lembrar-se dos mortos e reverenciá-los ajuda a lidar com a dor, assim como os rituais fúnebres. A despedida de uma pessoa amada normalmente é um momento de introspecção e de reflexão, mas expressar publicamente algumas crenças e sentimentos é fundamental e funciona como uma espécie de suporte ao enlutado.
A origem de uma data para venerar os mortos, segundo estudiosos, remonta a meados do Século I. Naquela época, os cristãos costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. A partir do século V, a Igreja Católica decidiu destinar uma data específica para o Dia dos Finados, mas o 2 de novembro só foi estabelecido mais tarde, no século XIII. A escolha da data leva em conta que na véspera, 1º de novembro, é celebrado o “Dia de todos os Santos” e, nesta ocasião, são prestadas homenagens a todos que morreram em estado de graça, mas que não receberam a canonização.