A Bahia tem 255 cidades em situação de alerta ou risco de surto de dengue, zika e chikungunya, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (12) pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o órgão, os dados são resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) deste ano.
Das 255 cidades destacadas no estado, 186 estão em alerta, incluindo Salvador. Outras 69 estão com risco de surto das doenças.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, na Bahia, a maior parte dos criadouros foi encontrada em depósito de água (5.427), seguida de depósitos domiciliares (1.735) e lixo (490).
Dados nacionais
Em todo o país, 5.358 mil municípios – 96,2% da totalidade de cidades – realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 5.013 mil por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 345 por armadilha. A metodologia armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.
O Ministério da Saúde recomenda aos municípios que realizem ao menos quatro vezes ao ano o LIRAa. Em janeiro de 2017, a pasta publicou Resolução nº 12 que torna obrigatório o levantamento entomológico de infestação por Aedes aegypti pelos municípios e o envio da informação para as Secretarias Estaduais de Saúde e destas, para o Ministério da Saúde.
A realização do levantamento está atrelada ao recebimento da segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra que é utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito. Até então, o levantamento era feito a partir da adesão voluntária de municípios.
Dados epidemiológicos nacionais
Dengue: Até 10 de novembro, foram notificados 228.042 mil casos de dengue em todo o país – um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2017, quando foram contabilizados 226.675 mil casos. A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 109,4 casos/100 mil habitantes. Em comparação ao número de óbitos, a queda é de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 173 mortes em 2017 para 136 neste ano.
Chikungunya: Até 10 de novembro, foram notificados 82.382 mil casos de chikungunya em todo o país – redução de 55% em relação ao mesmo período de 2017, quando foram contabilizados 183.281 mil casos. A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 39,5 casos/100 mil habitantes. Em comparação ao número de óbitos, a queda é de 81% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 189 mortes em 2017 para 35 neste ano.
Zika: Até 10 de novembro, foram notificados 7.544 mil casos de zika em todo o país – redução de 54% em relação ao mesmo período de 2017, quando foram contabilizados 16.616 mil casos. A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 3,6 casos/100 mil habitantes. Neste ano, foram dois óbitos por Zika.