Criada no início dos anos 2000, a JCO Fertilizantes, localizada às margens da BR-242, em Barreiras (BA), foi a primeira empresa do Oeste da Bahia a apostar em produtos biológicos. Atualmente, atende o Matopiba (acrônimo que faz referência à última fronteira agrícola do País, composta por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além de Goiás, Mato Grosso, Pará e o Distrito Federal.
Os bioprodutos estão em ascensão e a tendência é que ocupe cada vez mais espaço no mercado agrícola. No entanto, há 20 anos, era um mercado incipiente. José Claudio de Oliveira, diretor-presidente da JCO Fertilizantes, apostou nos produtos biológicos, sendo pioneiro na região. “É uma coisa nova que muda os paradigmas da agricultura. Os produtos biológicos entram no sistema através da introdução de microrganismos para combater aqueles organismos que são fitopatogênicos”, explica José Claudio.
Manejo Integrado de Pragas (MIP)
Se antes os produtores optavam por produtos 100% químicos, hoje, para combater as pragas que assolam o campo, os “inimigos naturais” (bioprodutos) unem-se aos produtos químicos, processo chamado de Manejo Integrado de Pragas (MIP).
Além de ser uma prática sustentável, o manejo integrado é economicamente viável, melhorando a performance produtiva.
Pós-consultoria
A JCO Fertilizantes diferencia-se no mercado por fornecer consultoria pós-venda ao produtor rural. “Nós temos uma equipe que faz a pós-venda: diagnóstico, análise de nematoide e microbiologia de solo, para ver quais doenças estão atacando”, diz José Claudio.
Antes de adquirir o produto, o cliente também recebe uma pré-consultoria. “Neste ano-safra (2018/19) nós já fizemos mais de 1800 análises de nematoides para ver o que nós temos que fazer para melhorar dentro do manejo integrado”, ressalta o diretor-presidente da JCO Fertilizantes
A equipe JCO é formada por diversos profissionais graduados, mestres, doutores e PhDs (biólogos e engenheiros agrônomos), além da equipe técnica (laboratório e controle de qualidade), auxiliares de produção e setor administrativo.
Mercado em ascensão
Em 2018, o mercado de produtos biológicos, também conhecidos como bioprodutos ou biodefensivos, cresceu mais de 70% no Brasil, movimentando R$ 464,5 milhões ante R$ 262,4 milhões em 2017, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Devido ao clima tropical, o Brasil, um dos principais países produtores do mundo, sofre com o alto índice de pragas e doenças nas lavouras. A opção pelos produtos biológicos passou a ser uma necessidade: traz, além de economia, redução dos riscos à saúde humana e maior proteção aos recursos naturais. Além disso, o mercado internacional tem colocado cada vez mais restrições ao uso de agroquímicos, exigindo commodities que utilizem bioprodutos.
O uso de bioprodutos é uma tendência mundial. No mesmo período (2017 a 2018) o uso de produtos biológicos em todo o planeta cresceu 17%.
Trichoplus JCO: a nossa força está na raiz
O Trichoplus JCO é um inoculante microbiológico sólido formulado a partir de conídios e propágulos do fungo Trichoderma asperellum. “É o primeiro trichoderma registrado no Brasil como inoculante de soja”, ressalta Magno Rodrigues, biólogo PhD em fitopatologia. “É um fungo promotor de crescimento, promotor de produtividade e faz com que a planta fique mais vigorosa”, complementa.
Outros bioprodutos JCO Fertilizantes registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
O Beauveria JCO (Inimigo número 1 da mosca-branca) é um inseticida microbiológico formulado a partir do fungo Beauveria bassiana. Indicado para o controle da mosca-branca, ácaro rajado e moleque-da-bananeira.
O Metarhizium JCO é um inseticida microbiológico formulado a partir do fungo Metarhizium anisopliae. Recomendado para o controle de cigarrinha-da-raiz, cigarrinha-das-pastagens e cigarrinha-das-pastagens/cigarrinha-dos-capinzais.
Fonte//Matopiba Agro – Fotos: Túlio França