O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Busato, participou na última quarta-feira (24) da solenidade de aniversário dos 46 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Na oportunidade, a Embrapa assinou acordos com seis estados, incluindo a Bahia, e com o Distrito Federal, que formam o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC), para cooperação com a assistência técnica e para aprendizagem de produtores rurais (extensão rural).
Para Busato, que também representou a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a Embrapa é um dos orgulhos dos brasileiros, ao acreditar na tecnologia como desenvolvimento do agronegócio nacional. “Somos a prova da importância da Embrapa que apoiou os agricultores na incorporação de tecnologia no cerrado brasileiro, a exemplo da Bahia, e que hoje, contribui de forma significativa na produção de grãos em todo o Brasil”, afirma. De acordo com dados oficiais, em 46 anos, a Embrapa contribuiu para o aumento de produção de grãos (240% a produção de trigo e milho, 315% a produção de arroz); para o crescimento produtividade do extrativismo florestal (140%), e a multiplicação do setor cafeeiro (300%).
Atualmente, a Abapa possui convênio e parceria com a Embrapa em projetos desenvolvidos nas áreas agrícolas do Oeste da Bahia para Diagnóstico de Fitonematoides e Avaliação e Difusão de Cultivares de Algodão, em parceria com a Fundação Bahia. Para Busato, outra contribuição importante é na área de mapeamento, que comprovou para toda a sociedade que os agricultores do Oeste da Bahia são aqueles que mais preservam a biodiversidade. “Com o trabalho da Embrapa Territorial ficou comprovado que 52% da área dos produtores é destinado para manter a vegetação nativa”, afirma. No final do ano passado, um novo estudo da Embrapa estimou que as áreas de Reserva Legal e Área de Preservação Ambiental (APP), atingindo um valor imobilizado de cerca de R$ 11 bilhões.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, reforça que a empresa não faz distinção “se é grande ou pequeno [produtor], se o alimento é orgânico, transgênico, ou [tem cultivo] convencional. A empresa produz tecnologia “que coloca à disposição dos mercados e dos produtores”. Segundo a empresa, para cada R$ 1,00 aplicado na Embrapa no ano passado, foram devolvidos R$ 12,16 para a sociedade – um lucro de R$ 43,52 bilhões gerados a partir do impacto econômico no setor agropecuário de apenas 165 tecnologias e cerca de 220 cultivares geradas pela pesquisa.