O homem que sequestrou um ônibus e fez 39 reféns na manhã desta terça-feira (20) na ponte Rio-Niterói foi identificado pela Polícia Militar como Willian Augusto da Silva, de 20 anos. O homem morreu após ser baleado por um sniper da Polícia Militar.
Morador de São Gonçalo (região metropolitana do Rio), o criminoso não tinha antecedentes criminais, segundo informou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
Perfil psicótico
Willian estaria em surto durante o sequestro e apresentava perfil psicótico. “Tínhamos psicólogos no local, que avaliaram que o sequestrador tinha perfil psicótico, tinha altos e baixos. A negociação passou a ser tática, voltada para preservar vidas. A partir daí, foi tomada decisão e efetuado disparo”, disse o tenente-coronel Maurílio Nunes, comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PM do Rio.
Witzel esteve na ponte após o sequestrador ser baleado e disse que conversou com parentes de Silva. “Um dos familiares dele me pediu desculpas. Eu falei: ‘O senhor não precisa me pedir desculpa de nada’. Ele queria pedir desculpa e pediu a toda sociedade, pediu desculpas aos reféns, disse que alguma coisa falhou na criação”, relatou.
O sequestro
Willian Augusto da Silva anunciou o sequestro por volta das 5h30 desta terça-feira (20) e fez reféns que estavam em um ônibus da Viação Galo Branco. A linha fazia o trajeto entre o Jardim Alcântara, em São Gonçalo, região metropolitana, e o bairro do Estácio, no centro do Rio. Nenhum refém ficou ferido na ação. Silva espalhou garrafas com gasolina e ameaçou incendiar o veículo.
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, ele estaria armado com um revólver, uma arma de choque e uma faca. Já a Polícia Militar informou que o revólver seria de brinquedo.