Os médicos do Hospital Regional de Ibotirama estão em greve desde o dia 10 de outubro por falta de pagamento de salários. Desde então a unidade hospitalar está funcionando apenas para casos de urgência e emergência. Nesta semana os grevistas vão tentar uma reunião com a empresa SM, que administra o hospital, a Secretaria Estadual de Saúde e Assistência Social da Bahia (SESAB) e a prefeitura para tentar resolver o problema.
O Site Mais Oeste entrou em contato com com a SESAB, que informou por meio da assessoria que tem feito os repasses para a empresa. “A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) vem realizando pagamentos regulares e consecutivos à empresa que administra o Hospital Regional de Ibotirama. O último pagamento foi realizado no mês de setembro, no valor de R$ 1,3 milhões”, disse a nota.
O Mais Oeste também tentou contato com a empresa SM, que deveria está fazendo o pagamento dos médicos, mas eles informaram que não vão comentar sobre o assunto.
A greve
Além da falta de pagamento há quatro meses, outro ponto que levou os profissionais da saúde a pararem é a eminente mudança de administração do hospital, que é gerida hoje pela empresa SM e passaria a ser feita pela prefeitura. Os médicos temem que com a mudança eles não receberão mais os salários atrasados e, por isso, decidiram parar as atividades.
A greve foi informada para o Conselho Regional de Medicina da Bahia (CREMEB), a Secretaria Estadual de Saúde e Assistência Social da Bahia e a empresa SM Assessoria Empresarial e Gestão Hospitalar. De acordo com um dos grevistas, ao perceberem a mobilização da classe, a empresa SM efetuou o pagamentos dos servidores do hospital, mas não pagou os vencimentos dos médicos.
De acordo com um dos médicos grevistas, o Governo faz o repasse do valor para a SM e a empresa faz o pagamento para os médicos, porém esse repasse não está sendo feito. Foi informado ao Site Mais Oeste, que o mesmo problema já tinha acontecido anteriormente e eles ficaram sem receber por seis meses, mas como a maioria dos médicos tinha outras fontes de renda, continuaram os trabalhos normalmente. Só que desta vez, a falta de pagamento atingiu também os servidores do hospital, o que obrigou os médicos a tomarem uma atitude mais drástica.