A expectativa atual é que o Brasil consiga colher a maior safra de soja de sua história, somando 123 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De quebra, se confirmar esta previsão, o país se tornará o maior produtor de soja do mundo, ultrapassando os Estados Unidos.
A colheita da soja na Bahia ainda não começou. A previsão da Aprosoja-BA é que as primeiras áreas irrigadas serão recolhidas a partir de fevereiro, mas as de sequeiro devem começar a partir de março.
“Só uns 20 mil hectares irrigados começaram a colher a soja. O plantio de sequeiro foi mais tarde, então teremos algumas colheitas no início de março, algumas no meio para o final, mas a maioria deve ser no começo de abril”, afirma o presidente da entidade, Alan Juliani.
Segundo levantamento da Safras & Mercado, após sofrerem com o déficit hídrico no final do ano passado, as lavouras de soja no oeste da Bahia já têm chuvas normais, com boa média. Segundo o engenheiro agrônomo da Plasteca e presidente do conselho técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Landino Dutkievicz, a umidade, de um modo geral, é positiva.
As lavouras se dividem entre as fases de desenvolvimento vegetativo (20%), florescimento (75%) e enchimento de grãos (5%). Aproximadamente 20% da área, de 1,6 milhão de hectares, foi replantada, tendo os trabalhos sido concluídos no último dia 10.
O mais recente levantamento de Safras & Mercado estima uma área cultivada na Bahia será de 1,650 milhão de hectares de soja na safra 2019/2020, alta de 0,6% ante os 1,640 milhão de hectares registrados na safra anterior.
A produção de oleaginosa deverá atingir 5,319 milhões de toneladas, 0,3% abaixo das 5,483 milhões de toneladas colhidas na safra 2018/2019. A produtividade média esperada é de 3.240 quilos por hectare, abaixo dos 3.360 quilos por hectare registrados em 2018/2019.