TALENTOSO CONFRADE – ideais convertidos em realidade-

Autor: Raimundo A. Corado Barreiras, 01 de maio de 2020

I
Barreiras está sentindo-se enlutada

De um ilustre filho seu, foi apartada

Mas partiu deixando grande legado

Como médico, cumpriu sua jornada

Como político foi sempre camarada

Foi bancário e servidor concursado.

II
Amante da boa política e da escrita

Criou partido M.D.B. em Santa Rita

Da leitura, foi um grande motivador

Homem com raríssima compostura

Ocupou cargos em excelsa bravura

Um visionário, literato, pesquisador.

III
Autentico ético de indistintas ações

Para ricos e pobres, sem distinções

O crítico mordaz das vis facilidades Inimigo figadal perante a ignorância

Quando sentia minguar a tolerância

O preço disso, eram contrariedades.

IV
Lutou a favor da dignidade humana

Morou no Rio e visitou Copacapana

Homem probo e perfil de destemido

Habilidade política e exímio escritor

Valorizava as letras e ao bom leitor

Tecia crítica ao judiciário carcomido.

V
Ao fundar o M.D.B lá em Santa Rita

Comemorou com festa muito bonita

Foi um grande avanço no municipal

Outra Sigla partidária que ali nascia

Sob os auspícios da sã democracia

Como suporte àquela zona eleitoral.

VI
Um líder político no Oeste da Bahia

Servindo na DIRES, ocupa diretoria

No Costa Borges fez curso primário

Transferindo-se para o Padre Vieira

Conseguiu integrar-se àquela fileira

Primeira matricula daquele ‘fichário’.

VII
Em seu currículo, o título: professor

Na escola normal consegue o labor

Como médico, bastante capacitado

Trabalhou para a previdência social

Candidatou-se a deputado estadual

Verve boa cepa e autor consagrado.

VIII
Em Barreiras, foi Chefe de gabinete

Tinha o jeito hábil contra acaguetes

Honrou o cargo, sofreu deslealdade

Do Hospital Eurico Dutra, foi Diretor

Com zelo, competência e destemor

Transparência, Ética e Honestidade.

IX
Secretário de saúde para Tocantins

Atuação precípua, com pastas afins

Elevando Barreiras no mundo afora

Ele atendeu ao chamamento do Pai

Direito de um confrade nunca decai

Oitenta e sete anos, chegou a hora.

X
Dizia que sua trajetória tinha ‘brilho’

Plantar uma árvore e fazer um filho

E escrever um livro faz a realização

Por tudo isso sentia-se homem feliz

Lá, em sua própria obra ele nos diz

Pura felicidade envolta por gratidão.

XI
Com qualidade de autêntico roceiro

Escolhido como presidente primeiro

Pra Academia Barreirense de letras

Para fundá-la, travou luta constante

Da sua ‘segunda cadeira’ ocupante

Uma, dentre suas inúmeras facetas.

XII
Lutando pela ABL, andou a galopes

Viu em ‘Otacilio de Carvalho Lopes’

Um digno patrono para sua cadeira

Fundador e seu primeiro presidente

Vinte de maio, lembrança frequente

Ingressou na academia alvissareira.

XIII
Não muito raro o estopim encurtava

Sentia que sua paciência minguava

Afinal, como humano era imperfeito

Nas reações, tinha seus rompantes

Facilmente notados via semblantes

Mas nunca lhe diminuiu no conceito.

XIV
Partiu, mas deixou o grande legado

A ética e pudor de homem honrado

E que hoje são valores em extinção

Homem integro, despido de orgulho

Parte limpo, sem misturar a entulho

Às vezes regra e às vezes exceção.

XV
Seu nome estará sempre lembrado

Devido ao serviço na terra prestado

Uma marca indelével pra Academia

Sem seus fortes punhos e iniciativa

Unida à luta incansável e ostensiva

Este abrigo para a cultura inexistiria.

XVI
Mas veja, quase ia me esquecendo

Lá no céu tem cadeira te querendo

Aliás, cadeira não, é linda ‘poltrona’

O céu hoje estará oferecendo festa

Rufam tambores, afinada orquestra.

Para o Dr. Luiz Gonzaga Pamplona

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