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O Comitê Científico do Consórcio Nordeste atualizou a situação dos estados da região. Em um boletim, os especialistas alertam para o risco do aumento da letalidade da Covid-19 na Bahia.
O comitê analisou os registros da Covid-19 entre 16 de agosto e 16 de outubro. O boletim assinala que a Bahia seguia em tendência lenta de queda no número diário de infectados e mortes causadas pela doença. No entanto, essa redução foi interrompida na segunda metade de setembro, segundo o Consorcio Nordeste.
A taxa de letalidade teve aumento de 8% nesse período, saltando de 2,02% para 2,18%. Em contrapartida, a média do país nesse mesmo intervalo foi de queda também de 8%, uma redução de 3,23% para 2,95%.
Os especialistas atribuíram o estremecimento da estabilidade ao efeito do relaxamento do distanciamento social, no feriado prolongado da Independência do Brasil. Ainda sob essa perspectiva, o comitê alertou para a necessidade de atenção aos meses de outubro e novembro, que também têm feriados prolongados, além das aglomerações de campanhas eleitorais.
“Agora, com a ocorrência de comícios e de aglomerações, com pessoas que não estão usando máscaras, que não estão fazendo o distanciamento. Isso aumenta a possibilidade de uma segunda onda de casos cresceram no interior ou nas capitais”, contou Miguel Nicolelis, coordenador do Comitê do Consórcio Nordeste
Jatahy Júnior, presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), disse que os juízes eleitorais são responsáveis por monitorar os desrespeitos as normas sanitárias.
“Os juízes fixam as multas. Eles recorrem aqui para Salvador e o tribunal tem mantido a decisão do juiz. Além disso, eles correm o risco de ter os mandatos cassados e ficarem inelegíveis por oito anos”, falou.
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas já havia dito, há cerca de 15 dias, que o aumento das taxas de internação por Covid-19 no interior estava diretamente ligado às aglomerações promovidas por campanhas eleitorais. Além disso, ele contou que ainda não é possível pensar em uma segunda onda da Covid-19 na Bahia porque o estado está vivendo um platô e número de casos de mortes
“Qualquer evidência de que está voltando aumentar a internação, aumentar a ocupação e mortalidade, ai nós podemos sentar e discutir qualquer necessidade em retroceder”, pontuou o secretário.
*G1