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Após o anúncio da vacinação inglesa surgiu uma esperança muito grande nessa vacina da Pfizer, mas ela pode não chegar a ser usada no Brasil. As declarações dadas nos últimos dias por representantes do governo colocam um grande ponto de interrogação sobre a disponibilidade dessas doses aos brasileiros.
Na terça-feira (01), o secretário de Vigilância em Saúde do ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que o Brasil priorizaria os imunizantes que se adequassem à infraestrutura das salas de vacinação espalhadas pelo país. “Fundamentalmente que ela [a vacina] seja termoestável por longos períodos, em temperaturas de dois a oito graus. Por quê? Porque nossa rede de frios, nas 34 mil salas, é montada e estabelecida com aproximadamente 2° C a 8° C.”, disse.
O grande problema é que as vacinas da Pfizer precisam ser armazenadas a -75 °C, uma temperatura que demanda equipamentos especiais. Essa exigência pode dificultar o transporte e a chegada das doses a regiões mais afastadas e com pouca infraestrutura.
Outras candidatas, como a Sputnik V, a CoronaVac e os produtos desenvolvidos por AstraZeneca/Universidade de Oxford ou Johnson & Johnson requerem uma refrigeração que varia entre 2° C e 8° C, valor facilmente obtido pelas geladeiras convencionais.