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Desde quando foi celebrado o Acordo de Cooperação Técnica entre a Prefeitura de Barreiras, Codesvasf, Instituto Aiba (Iaiba) e Inema, as ações de recuperação hidroambiental não param no município. Os trabalhos agora se concentram no desassoreamento de barragens nas comunidades de Bezerro e Mantiqueira, ambas na Microbacia do Rio Boa Sorte, onde os conflitos pelo uso de água persistem há décadas.
Para resolver as questões da microbacia, localizada no Cinturão Verde, o Comitê da Bacia do Rio Grande, com o apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – que são instâncias de governanças com poder de arbitrar conflitos pelo uso da água em primeira instância administrativa – abriram procedimentos específicos e dentre as tratativas com as entidades envolvidas, foi consignado e então, realizado pela Prefeitura de Barreiras, o diagnóstico socioambiental.
O estudo levantou informações sobre a caracterização e situação da região do Cinturão Verde, uma das principais fornecedoras de hortaliças destinadas ao Centro de Abastecimento de Barreiras. Para ajudar na pesquisa foram utilizados dados primários obtidos em um questionário aplicado aos moradores da região, apresentando estimativas da demanda hídrica a partir dos dados obtidos e da disponibilidade.
Integrou ainda o diagnóstico socioambiental, um diagnóstico para análise das condições ambientais em trechos dos barramentos. Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo, Codevasf e Iaiba, buscaram, com a iniciativa, identificar problemas de ordem ambiental e estrutural, propondo soluções para melhoria e conservação destes locais. O principal problema identificado foi o excesso de sedimentos nos reservatórios, que deixaram de ter a sua funcionalidade.
Os serviços de desassoreamento foram iniciados na Barragem Claro Xavier de Lima, no Bezerro, construída pela Prefeitura de Barreiras em 1988. No local foram realizados serviços de limpeza, desassoreamento e ainda serão executadas obras de manutenção. Os trabalhos se estenderam para a barragem da comunidade de Mantiqueira construída pela Codevasf em 1999.
De acordo com o secretário de meio ambiente e turismo Demósthenes Júnior, que também preside o Comitê da Bacia do Rio Grande, o projeto trará benefícios diretos para as pessoas que utilizam a água na agricultura e pecuária, principais atividades econômicas e de sustento familiar. “Esses serviços de recuperação hidroambiental têm o objetivo de devolver a funcionalidade dos barramentos. A limpeza com retirada de sedimentos (desassoreamento), acumulados nos reservatórios ao longo de muitos anos, aumentará o nível de armazenamento de água, atenuando o impacto no período de estiagem sobre a população, os setores produtivos e a própria natureza”, explica o secretário.
*Dircom