Foto//Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (13) em Alagoas, que “é um crime” o que acontece na CPI da Covid, em que, segundo ele, há “vagabundo inquirindo pessoas de bem”. O xingamento é o mesmo usado pelo filho do presidente, senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para atacar o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), na quarta-feira (12).

“Se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas de bem no país. É um crime o que vem acontecendo com essa CPI. Mas o que interessa são as boas ações”, declarou Bolsonaro.

O presidente não citou o nome de Renan, mas, na sequência, apoiadores gritaram “Renan, vagabundo”. Mais cedo na cerimônia, o presidente fez um sinal positivo e acenou para os apoiadores que fizeram o mesmo ataque ao senador alagoano.

Em seguida, ainda sem falar o nome de Renan, Bolsonaro disse que “o recado que tenho para esse indivíduo: se quer fazer um show, tentando me derrubar, não o fará. Somente Deus me tira daquela cadeira”, em referência à cadeira presidencial.

Antes da cerimônia de Bolsonaro, na abertura da sessão desta quinta da CPI, Renan afirmou que a resposta aos ataques era “aprofundar essa investigação” feita pela CPI, e que a ida do presidente a Alagoas era “uma evidente provocação a esta comissão parlamentar de inquérito”.

Informado sobre a fala do presidente, Renan Calheiros disse durante a CPI que “a minha resposta é essa aqui, esse número”, afirmou ao se referir à quantidade de vítimas da Covid colocadas no lugar de sua identificação na mesa. Nesta quinta, havia na placa os dizeres “428.256 vidas perdidas para Covid”.

Ainda na resposta, Renan declarou que Bolsonaro viajou a Alagoas para “inaugurar obra já inaugurada” e “me atacar pessoalmente”. O viaduto da solenidade com o presidente foi inaugurado pelo governador Renan Filho, filho de Renan Calheiros, em dezembro de 2020. Houve liberação parcial das faixas para o trânsito e, as demais, foram liberadas gradativamente neste ano.

Flavio chamou Renan de “vagabundo” em sessão da CPI da Covid que ouviu o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, na quarta-feira (12). Durante o depoimento, Renan pediu a prisão de Wajngarten, afirmando que ele mentiu à CPI. O pedido não foi aceito.

*G1

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