Mais de 48 profissionais da Secretaria de Saúde de Barreiras passaram por atualização, nesta semana, de 23 a 25, quanto à teoria e à prática do diagnóstico e manejo clínico da Hanseníase. Médicos, enfermeiros e fisioterapeutas foram recebidos no Centro de Saúde Leonídia Ayres, para discutir as ações que fazem parte do projeto abordagens inovadoras para intensificar esforços para um Brasil Livre da Hanseníase, do Governo Federal.
Promovido pela Secretaria de Saúde de Barreiras, Atenção Primária, Vigilância Epidemiológica da SESAB e Governo Federal, a capacitação contou com a participação do coordenador Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária e Hanseníase – USP Ribeirão Preto, professor e hansenologo no Ministério da Saúde, Dr. Marcos Andrey Cipriani Frade. Ele abordou assuntos sobre o tratamento, a prevenção de incapacidades em hanseníase, além de ações que promovam a prevenção do estigma e da discriminação.
“O Brasil é um país endêmico para hanseníase, então com essas capacitações pelos municípios, pretendemos descentralizar o atendimento, e a proposta foi aceita pela Secretaria de Saúde de Barreiras, que é capacitar os profissionais da Atenção Básica para fazerem o diagnóstico precoce”, disse.
Estiveram presentes no evento, o secretário de saúde, Melchisedec Neves, a técnica da SESAB, Joseilda Bahia, a médica Dra. Andreia, referência de Hanseníase no município e a coordenadora municipal de Hanseníase, Doracir Madalena. Para o secretário de saúde, a discussão e capacitação dos profissionais, é um ganho imensurável no tratamento de pacientes com hanseníase.
“Essa parceria com os governos federal, da Bahia e municipal, possibilitou a capacitação dos profissionais da atenção primária. Durante esses três dias, foram delineadas metas, estudos de casos de pacientes em estado avançado, ações e planejamento. Com certeza, vamos ter uma melhoria no olhar clínico aos nossos pacientes, e também em fazer o possível para diminuir novos casos. Sabemos que um diagnóstico precoce pode evitar as complicações da doença”, destacou Melchisedec Neves.
Detecção e tratamento
A hanseníase é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória, que tem como agente etiológico o Mycobacterium leprae. A doença acomete principalmente pele e nervos e sua transmissão se dá pelas vias aéreas superiores, com o contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível (maior probabilidade de adoecer) e uma pessoa doente sem tratamento.
A doença tem cura e todo o tratamento é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A investigação dos contatos domiciliares e sociais das pessoas acometidas pela doença é a principal estratégia para a interrupção da cadeia de transmissão.
Dircom
Quer mais notícias, clique aqui: www.maisoeste.com.br
