Com o tema “Ame-se: sua vida tem valor”, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) realizou na tarde de quarta-feira,12, o “Dia de Conscientização e Prevenção ao Suicídio” para as mulheres vítimas de violência em Barreiras. A sede estava decorada com a cor amarela e o laço, que fortalece a campanha Setembro Amarelo dedicado a luta contra o suicídio.

Na acolhida a coordenadora Fabíola Bonfim acompanhada da secretária de Assistência Social e Trabalho, Karlúcia Macêdo, agradeceu a presença das assistidas reforçando a importância de compartilhar informações e principalmente identificar os sinais da depressão e comportamento suicida. Participaram da abertura a delegada Dra. Claudia Duarte, a defensora pública Nathielle Ribeiro, a psicóloga e coordenadora do CREAS, Juliana Marques e os militares da Ronda Maria da Penha.

Em seu pronunciamento, a secretária Karlúcia Macêdo, citou que no mundo o suicídio está entre as cinco maiores causas de morte de jovens, e colocou os equipamentos da Secretaria de Assistência Social e Trabalho à disposição para auxiliar as mulheres, jovens, adultos e idosos no enfrentamento ao problema.

“Diante desse triste quadro, foi instituído o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, que pode ser evitado por ações preventivas na família, escola e meios de comunicação de forma coordenada. Em Barreiras, toda nossa equipe está desenvolvendo estratégias para ajudar, acolher e encaminhar as pessoas com esse problema ao tratamento, e temos o apoio nos CRAS, CREAS e CRAM que estão engajados nessa luta. É necessário sim dar valor a vida, buscar forças na religião, no convívio e prestar atenção aos sinais em nossos filhos, familiares e até em nossos comportamentos diários”, disse a secretária.

O palestrante foi o psiquiatra Dr. Francisco Honorato, que coordena o Núcleo de Acolhimento e Valorização à Vida-Navv e Comissão de Prevenção ao Suicídio. Ele promoveu um bate papo com as mulheres, apresentando os principais fatores que levam as pessoas a tirar a própria vida, preconceito social, sintomas e os psicofármacos que auxiliam o tratamento.

“Até pouco tempo o suicídio não era discutido e combatido, era um tabu social e dificultava o tratamento. Mas hoje, com campanhas e acompanhamentos estamos conseguindo tratar esse mal do século. Em Barreiras, iniciamos um trabalho voluntário desde 2015, e temos alcançado resultados positivos, porque esse problema é complexo e envolve questões socioculturais, históricas, psicossociais e ambientais. Mas colocamos o trabalho voluntário da Navv e Comissão de Prevenção ao Suicídio para ajudar a população”, reforçou Dr. Honorato.

Ao final, as mulheres assistidas e convidados confraternizaram com um café da tarde, preparado pela equipe do CRAM e receberão um panfleto com dicas para identificar as frases de alerta e buscar orientações com profissionais.    

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