A Festa Literária de Barreiras (Flib), na edição de 2019, organizou uma mesa redonda com o tema ‘Literatura e Mídia’, realizada na sexta-feira (24), no Centro Cultural Rivelino Silva de Carvalho. O encontro contou com as presenças de Vandré Vilela, coordenador do curso de Produção Audiovisual da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB), e dois egressos da instituição: os jornalistas Anton Roos e Joaney Tancredo (mediador). O objetivo dessa modalidade de evento é ampliar conhecimentos sobre o assunto, abordar a realidade da questão discutida, debater conceitos e criar novas linhas de pensamento.
“Foi um evento muito produtivo, trouxe uma temática emergente, que é a fusão da literatura com as mídias. Hoje, os principais suportes para a divulgação de conteúdos literários são os canais digitais. Um outro ponto de destaque foi o debate sobre a transformação da escrita tradicional em um formato que pudesse ser adaptado às novas mídias. O momento atual e de convergência. Cada vez mais a mídia e a literatura compartilham suas potencialidades. Muitos desses conteúdos teriam mais dificuldades de alcançar um grande público se não fosse a democratização dos meios de comunicação”, disse Vilela.
Anton Roos, um dos escritores convidados pela Flib, fez uma ampla análise sobre o mercado literário e a influência das novas tecnologias no panorama atual: “O modelo tradicional de publicação tem um público que, naturalmente, acaba envelhecendo. Mesmo assim o livro não vai se esgotar. É importante que a literatura, de um modo geral, seja repensada com novas práticas literárias. Os autores precisam compreender esse movimento constante para saber como devem se posicionar e trabalhar o livro para que ele alcance o maior número de pessoas. A grande rede causou uma revolução e fez com que as coisas sejam muito rápidas, imediatas, então todos devem procurar acompanhar essa velocidade, inclusive os escritores, produzindo conteúdos adaptados à nova realidade”.
A estudante Karynne Pereira, do curso de Letras da Uneb, acompanhou as discussões e contribuiu com perguntas, ao final da mesa redonda. “A literatura tradicional, em contraponto com a mídia, justifica a realização de uma mesa como essa. Várias pessoas ainda têm a visão de que a mídia vai causar um grande impacto negativo na importância da literatura. Mas a realidade é outra: em um horizonte mais amplo percebemos que as duas podem fazer um importante trabalho de informação e incentivo à leitura. Esse processo incentiva também a produção, devido à facilidade de encontrar materiais e as várias formas de publicação e divulgação que existem atualmente”, destacou.
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