João Vitor foi preso preventivamente por volta das 17h no escritório da sua empresa de gêneros alimentícios, onde guardava a arma do crime no dia do ocorrido. Segundo a Polícia Civil, ele não ofereceu resistência à prisão e foi levado para a carceragem da 24ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Corpin), em Bom Jesus da Lapa. O delegado Jakson Trindade, coordenador da 24ª Corpin, informou que a prisão ocorreu devido as provas e testemunhas coletadas durante a investigação comprovarem o crime de tentativa de homicídio. A reportagem não localizou a defesa de João Vitor para comentar sobre o assunto.
“Ficou bem claro neste caso a tentativa do homicídio. A partir da prisão, temos 10 dias para concluir o caso, e espero que até a terça-feira que vem, no mais tardar, esteja entrando com o indiciamento contra João Vitor por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo”, disse o delegado. Trindade informou que no dia da discussão que culminou com uma perseguição pelas ruas da cidade, por um trecho de cerca de 1,5 km, João Vitor disparou 10 tiros contra o arquiteto Wilson Magalhães. A arma usada no crime foi uma pistola 380 licenciada, mas sem autorização do porte para uso.
“Ele praticamente descarregou a pistola, pois o pente dela pega 15 projéteis”, comentou o delegado, que esclareceu que no dia do crime foram registradas duas queixas contra João Vitor, uma por ameaça e outra por tentativa de homicídio. “O crime de ameaça ele vai responder por fora, não está incluso nesse caso da prisão”.
João Vitor só não foi preso no dia do crime porque se apresentou espontaneamente à delegacia. “Quando isso ocorre, a pessoa deixa de estar em situação de flagrante, que se aplica a casos de captura, seja pela polícia ou pela própria população. O que fizemos está dentro da lei. Investigamos e pedimos a prisão preventiva”, completou Trindade.
Na carceragem onde João Vitor está preso há, segundo o delegado, quase 50 detentos num local construído para 34. No local só ficam presos menos perigosos. Os que podem causar maiores problemas são enviamos para os presídios de Vitória da Conquista ou Barreiras, ambas a mais de 300 km de Bom Jesus da Lapa.
O advogado Cassiano Lúcio Lisboa Veríssimo, que apresentou João Vitor à delegacia no dia do ocorrido, disse que não está mais no caso. A Polícia Civil informou que três advogados estão atuando em defesa de João Vitor, mas não souberam informar o nome deles e nem o telefone de contato.
A reportagem tentou ainda falar com o prefeito de Sítio do Mato, Alfredo Magalhães, que também teria ameaçado de morte o arquiteto Wilson Magalhães, mas ninguém atendeu aos telefones.
A polícia informou que não abriu inquérito para investigar o crime de ameaça porque se trata de uma situação que pode ser resolvida por meio de termo circunstanciado.
Com informações do Correio 24 horas