O governador Rui Costa determinou que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) apure rigorosamente as invasões de terras ocorridas no oeste da Bahia e reforce o policiamento na região. A decisão foi tomada após reunião com representantes de associações e sindicatos locais nesta segunda-feira (6), na Governadoria, em Salvador. Presente no encontro, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, destacou que “a Polícia Militar se fez presente desde o primeiro momento. Agora, estamos reforçando as estruturas de segurança, tanto da Polícia Militar, como já fizemos com o envio de tropas especializadas, como também enviando reforços para a Polícia Civil, que ficará à frente das investigações. Equipes de inteligência da secretaria também estão envolvidas na operação”.
Barbosa acrescentou que “a prioridade é evitar novas invasões e também identificar quais foram as pessoas ou grupos que financiaram a depredação de um patrimônio privado e de atentado às pessoas que estavam trabalhando”. O secretário do Meio Ambiente, Geraldo Reis, e a diretora-geral do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Márcia Telles, também estiveram presentes.
A reunião desta segunda (6) teve a participação do secretário estadual da Agricultura (Seagri), Vitor Bonfim, e de representantes da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja), do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB), do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM) e da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb). Segundo levantamento feito pela empresa Igarashi, o prejuízo pela invasão seria em torno de R$ 60 milhões de Reais. Alguns ambientalistas ouvidos pelo Site Mais Oeste retrucam o valor divulgado pela Igarashi,
Na última quinta-feira (2), a fazenda Igarashi, em Correntina, registrou atos de invasão e depredação. Os invasores atearam fogo nas instalações, destruindo maquinários, o sistema de energia e tratores. A fazenda é conhecida pela produção de batata, cenoura, feijão, tomate, alho e cebola.