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Tradicionalmente, o mês de maio é dedicado ao enfrentamento ao abuso e à exploração sexual infantojuvenil. Em todo território nacional, a campanha “Faça bonito, proteja nossas Crianças e Adolescentes” ganha força. Em Formosa do Rio Preto não poderia ser diferente. O município declarou apoio à causa e deflagrou uma mobilização social, através de ações conjuntas orquestradas pela Secretaria de Assistência Social, Cras, Creas e o Conselho Tutelar.

A iniciativa visa chamar atenção da população para o problema, que vem aumentando ano após ano, atribuindo a toda população a responsabilidade de denunciar os abusadores e/ou exploradores. Entre as ações previstas estão a realização de palestras virtuais, a distribuição de material didático com dicas e esclarecimentos sobre o tema, além da divulgação do Disque Denúncia.

Apesar das dificuldades em apurar esse tipo de crime, sabe-se que a maioria dos casos acontece em ambiente domiciliar, praticado por algum familiar ou conhecido da vítima. Dados oficiais apontam que 80% dos alvos são meninas e quase 100% dos casos acontecem entre comunidade de baixa renda ou escolaridade, tendo a fome como pano de fundo para a prática.

“Esse é um crime abominável e que precisamos combater veementemente. Não há desculpas ou justificativa para permitir que aconteça. Por outro lado, só é possível combater se falarmos sobre o assunto. Então, queremos quebrar o tabu e levar informação a todas as pessoas, de modo a integrá-las nesse processo de tomar para si a responsabilidade de proteger as vítimas e impedir que o abuso aconteça”, observou a secretária de Assistência Social de Formosa, Luciane Araújo.

Segundo ela, a campanha tem dois vieses: o preventivo e o tratativo, sendo que os casos confirmados são encaminhados para atendimento especializado, com uma equipe multidisciplinar, a exemplo de assistentes sociais, psicólogos e advogados.

“Queremos tratar o mal pela raiz, para que ele não aconteça. Para isso, estamos fazendo uma ampla divulgação, tratando do tema em todas as instâncias: na mídia e nas escolas. Também mandamos confeccionar cartilhas com linguagem específica para cada público que pretendemos alcançar. Mas também não podemos fechar os olhos e precisamos tratar daqueles que já sofreram com esse crime hediondo”, salienta.

*Dircom Formosa do Rio Preto

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