Antigamente, durante o processo de canonização pela Igreja Católica, havia um Promotor da Fé (Latim Promotor Fidei), designado pela própria Igreja, cuja função era encarar com ceticismo o candidato à canonização, procurando lacunas e falhas no processo (por exemplo, inconsistência nas provas dos supostos milagres, etc). Por exercer essa função, o Promotor Fidei era popularmente conhecido como “Advogado do Diabo” (Latim advocatus diaboli). Fonte: Wikipédia
Nas eleições passadas votei em Bolsonaro, apenas no segundo turno, um voto totalmente consciente para o que eu queria para o nosso país. Não fui levado por emoções, por sentimentalismo barato, mas por querer que saíssemos do atoleiro infecto ao qual fomos jogados nos anos anteriores.
No próximo dia 26 de maio estarão ocorrendo em nosso país manifestações em favor do governo Bolsonaro, pela reforma da previdência, a lava-toga, a aprovação das medidas de combate a corrupção e ao crime organizado, contra os políticos corruptos e ineficazes, enfim uma pauta extensa de reivindicações da parte da população civil organizada e que está cansada, mais uma vez.
Sou plenamente favorável as pautas, coaduno dos mesmos princípios e interesses que as envolvem e espero que encontrem eco nos lugares aonde se destinam, em particular, o Congresso Nacional.
Segundo noticiado esta semana o Presidente não irá comparecer assim como recomendou a seus ministros que também não compareçam. Acho de bom tom até pelo caráter das reivindicações.
AS pautas são validas? Sim. O governo Bolsonaro merece este apoio? Sim. Os políticos precisam ouvir as ruas? Sim, e como. Então o que falta nesta conta que não fecha? Falta o governo em si dizer ao que veio (por isso o advogado do diabo).
O governo Bolsonaro completa hoje (24/05/2019) 144 dias e ainda não disse para o que veio. Ja sofreu derrotas fulgurantes no Congresso que faz questão de “dizer quem é que manda, como manda, quando manda, onde manda”, só esta questão do COAF, sair da pasta do Ministro Sérgio Moro e voltar para o Ministério da Economia, é exemplo típico do que eles podem e vão fazer.
A reforma da previdência só está circulando dentro do Congresso e seguindo alguma tramitação, e porque eles, os políticos, estão sentindo a agua bater-lhes nas nádegas.
Este governo se assemelha aqueles jogos de infância: PETECA – cada um bate e joga para o lado que quer; PIÃO – dão corda, jogam e esperam cair; PIPA – fazem subir as alturas e vem outro e corta a linha e ele cai; CORDA – os outros batem esperando quem está no meio ir ao chão ou pelo menos errar.
Com a equipe que o Presidente tem, mesmo que dependendo de um Congresso famigerado, já deveria ter alçado voos muito maiores. Tem que parar de falar e começar a agir e com muita consistência, até para não desiludir um eleitorado que confiou a ele não um voto, mas uma esperança, há muito adormecida.
Dia 26 não poderei participar, por razões médicas, vocês entenderão segunda-feira, mas estarei na torcida e apoiando os que forem, suas reivindicações, seus pleitos e seus anseios.
Estarei em espirito, com o espirito de brasileiro, que tenho.
Por Mário Machado