O procurador geral da República, Rodrigo Janot, em artigo publicado no dia 23 de maio de 2017, defendeu as condições em que se deram a delação premiada de Joesley Batista, com características bem diferentes as outras feitas no transcorrer da Lava Jato. A delação de Joesley, feita às pressas, e dando condições dele viajar para fora do país, intrigam alguns operadores do direito, como eu, mas serão discutidas posteriormente. O que há de fato é que causou um terremoto de proporções gigantescas na República do Brasil, porque, trouxe no seu bojo, áudios que envolvem o atual presidente, o Sr. Michel Temer e o outrora candidato à presidente, Senador Aécio Neves. O conteúdo do áudio de Temer é discutível, em que pese o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entender que ali estão claros dois crimes, prevaricação e obstrução da justiça. Mas sem dúvidas está claro, que o presidente tinha conhecimento dos esquemas mais sórdidos que transcorriam na República, tal qual seus antecessores, Dilma e Lula, que igualmente negam qualquer responsabilidade sobre os fatos. O áudio de Aécio Neves, demonstra, antes de tudo, que o senador não faz jus ao Clã dos Neves, tão tradicional na vida pública mineira e brasileira. De forma debochada, com palavras de baixo calão, Aécio demonstra claramente não ter merecido os milhões de votos daqueles que nele confiaram, sem falar, na nitidez, de que seus atos, são iguais aos demais corruptos da pátria nacional. Na delação de Joesley Batista, mais de 1.800 políticos estão implicados. É um Tsunami sobre o sistema politico partidário brasileiro. A República está em ebulição. Fala-se na renuncia de Temer. Já existem mais de 10 pedidos de impeachment e ainda temos o julgamento do TSE, que pode caçar o presidente. E quem assumiria a Republica Brasileira? Rodrigo Maia? Implicado na Lava Jato. Admite-se com a vacância, a realização de eleições diretas. Os candidatos costurados pelos partidos, são o próprio Rodrigo Maia, Henrique Meirelles, Tasso Jeireissati e Nelson Jobim. Este último seria o candidato de consenso de Lula, Temer e FHC. Teria trânsito entre todos os partidos e amplo entendimento com o STF, casa que presidiu nos anos 2000. Tudo isso, com a intenção clara, de abafar a Lava Jato. Tudo isso com a intenção clara de salvar os caciques, desta turba de ladrões, desta cambada que tomou conta da política brasileira e corrompeu-se aos empresários nacionais. PT, PSDB, PMDB, PP, PC do B, DEM, seja qual for o partido, estão podres até a raiz. E quanto a nós eleitores, nem somos coxinhas, nem mortadelas, descobrimos que somos eternos pamonhas.