Uma região promissora que já registra altos índices de produtividade em diversas culturas. Essa é a região do Médio São Francisco, no oeste baiano, conhecida nacionalmente através do I Seminário da Fruticultura Irrigada, realizado na semana passada. Cerca de 500 pessoas participaram do evento no município de Barra, que contou com painéis técnicos e visitas a propriedades rurais da região.

A produtora rural Gleise Melo resolveu apostar na região em 2013 e hoje cultiva coco e cacau, carro-chefe da produção altamente tecnificada. Por aqui, ela vislumbra possibilidades de verticalização. “A nossa ideia é montar a agroindústria para a gente continuar com o processamento do coco, somando aos nossos resultados e agregando com a comunidade local que a gente encontrou aqui”, afirma a produtora rural.

Assim como Gleise, os cerca de 70 agricultores que fazem parte do Sindicato dos Produtores Rurais de Barra (SindBarra) se animam com as oportunidades de crescimento, que incluem tanto a diversificação de culturas, quanto à atração de de indústrias e energia. “Apesar de o nosso forte ser a fruticultura, também trazemos importantes resultados no cultivo de grãos e na pecuária, atividades que somam ainda mais à região e mostram o potencial ilimitado de crescimento”, diz Marco Caviola, presidente da Associação.

Avaliação

Vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia, a produtora rural Carminha Míssio se surpreendeu com as propriedades da região. Ela afirma que os olhares do setor devem se voltar para a atração de recursos. “Estamos visualizando uma oportunidade única de embarcarmos pequenos, médios ou grandes produtores, investidores ou profissionais que atuem nessa área para contribuir com a geração de emprego, de renda para a população, não apenas do Estado, como de todo o Brasil”, defende Carminha.

Presente no I Seminário da Fruticultura Irrigada, o presidente da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) Guilherme Coelho enfatizou a importância da região para a contribuição com o mercado nacional. “É uma região rica de água, rica de terra, rica de solo, e rica de muita gente querendo trabalhar. A irrigação na fruticultura é um modelo de transformação, e aqui nós vemos na prática a força disso”, diz Coelho.

Fruticultura baiana

Com diversos polos produtivos, a fruticultura baiana gerou R$ 5,7 bilhões em 2023, representando 19% das exportações nacionais de frutas, com um aumento de 55% em relação ao ano anterior. O estado é o maior produtor de manga do Brasil e o quarto maior produtor de uva, despontando ainda como referência internacional na produção de cacau em novas áreas.

A região do Médio São Francisco, banhada pelos rios São Francisco e Rio Grande, abriga abundância de recursos hídricos, localização estratégica para logística e transporte de produtos e insumos, além de clima propício à produção irrigada, que desponta com tecnologia e aplicação de técnicas sustentáveis.

A região vai receber a Barra Agro Show em 2025, feira de agronegócio que deve impulsionar ainda mais a produção frutícola e o desenvolvimento da agricultura irrigada. Aproximadamente 60 expositores são esperados para o evento que está previsto para outubro do ano que vem.

Fonte//ASCOM

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