Inaugurando o gênero true crime em seu catálogo, a Disney vai lançar um documentário sobre a misteriosa história de Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort, que desapareceu em 2004. A produção, batizada de “Volta Priscila”, ainda não tem data de estreia definida, mas deve ser lançada ainda neste ano. Mais detalhes do projeto foram divulgados nesta terça-feira, 4, durante evento do Disney+ no Rio de Janeiro, do qual o Cineinsite A TARDE participa.

Priscila Belfort trabalhava na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, no Rio de Janeiro, e sumiu após sair do trabalho para almoçar. Sua ausência prolongada deixou a família em pânico. O desaparecimento foi noticiado dois dias depois no site de Vitor.

Não houve nenhum pedido de resgate, e a família levantou várias hipóteses, incluindo a possibilidade de uma confusão mental, já que Priscila havia tido lapsos de memória no passado. Já a polícia trabalha com a hipótese de homicídio, mas a família do lutador acredita que Priscila esteja viva.

Segundo Jovita Belfort, mãe de Priscila, por ocasião do documentário que ainda nem foi lançado, a polícia do Rio de Janeiro decidiu reabrir o inquérito do caso. A matriarca disponibilizou mais de duas mil horas de material de arquivo e fotos inéditas de sua filha para o doc. “Eu tenho três netos que só ouvem falar da Priscila, e achei que estava na hora deles conhecerem a Priscila”, explicou Jovita.

“E eu realmente tive esperança que, passado tanto tempo, talvez, quem sabe, alguém viu, uma pessoa sabe. Depois de tanto tempo, isso já prescreveu. E, além do mais, a coragem de trazer tudo isso à tona, porque não é fácil estar aqui, mas eu agradeço muito a eles [equipe do doc] e a Disney também de ter essa coragem de fazer um documentário sobre isso”, completou ela, emocionada.

O projeto promete abordar o caso de forma detalhada. “O desafio, nossa missão é contar uma história, uma luta de 20 anos que ainda não terminou. Na verdade, esse é o momento que estivemos muito próximos de um desfecho para esse caso. Veja, ninguém desaparece ao meio-dia numa das avenidas mais movimentadas do Rio de Janeiro sem deixar nenhum rastro. E, na verdade, esse trabalho da série revisitou 20 anos de investigação. E aí é inevitável que a gente se deparou com área cinzentas. Lacunas, perguntas sem respostas é e alguns detalhes surpreendentes. Mergulhamos no universo de Priscila profundamente”, diz Bruna Rodrigues, uma das diretoras da produção.

“Para começar, essa é uma série de true crime, mas não tem crime. Nós não temos culpado, a gente não tem julgamento, não tem testemunha e nem uma cena de crime”, afirmou outro roteirista.

Fonte//A Tarde

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