O anúncio da extinção do Seguro DPVAT pelo Governo Federal pegou muita gente de surpresa, em especial na Bahia, onde 15.958 indenizações foram pagas no ano passado. O estado é o 8º no ranking em números absolutos de indenizações, atrás de São Paulo (39 mil), Minas Gerias (37 mil), Santa Catarina (22 mil), Ceará (22 mil), Paraná (21 mil), Goiás (19 mil), e Rio Grande do Sul (18 mil).
Segundo o levantamento realizado pela Seguradora Líder, responsável pela administração do Seguro DPVAT, em 2019, de janeiro a outubro, 14.695 vítimas de acidentes de trânsito foram ressarcidas no estado da Bahia. A maioria das indenizações foram por invalidez permanente (8.745), seguida de reembolso de despesas médicas e suplementares (3.409.), e morte (2.541).
Quando levada em consideração a quantidade de seguros em relação à frota dos estados, a Bahia cai para a 19ª posição, ou seja, apesar de ser o 8º em número pagamentos o estado tem uma frota grande na comparação com os outros.
Na Bahia, a maioria dos acidentes acontece de trânsito acontecem das 13h às 19h59 (45,9%). O horário mais tranquilo é o da madrugada, das 0h às 5h59 (8,4%). As vítimas mais comuns têm entre 25 e 34 anos.
O DPVAT é um seguro obrigatório de caráter social que protege os mais de 210 milhões de brasileiros em casos de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa. Ele pode ser destinado a qualquer cidadão acidentado em território nacional, seja motorista, passageiro ou pedestre, e oferece três tipos de coberturas: morte (valor de R$ 13.500), invalidez permanente (de R$ 135 a R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e suplementares (até R$ 2.700). A proteção é assegurada por um período de até 3 anos.
Nos últimos 10 anos, mais de 4,5 milhões de pessoas já foram beneficiadas pelo Seguro em casos de morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas. Neste período, foram pagas mais de 485 mil indenizações do seguro obrigatório para familiares de vítimas fatais.
Somente em 2018 foram pagas cerca de 328 mil indenizações, sendo: 228.102 por invalidez permanente, 38.281 por mortes e 61.759 por reembolso de despesas médicas e suplementares.
Apenas neste ano, de janeiro a outubro, já foram 289.120 benefícios pagos, sendo 34.018 por morte, 192.525 por invalidez permanente e 62.577 para reembolso de despesas médicas e suplementares.