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A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), dirigentes da entidade e um ex-prefeito são alvos, nesta quinta-feira (20), da Operação Desmico, contra a suspeita de uma fraude tributária milionária em Saquarema, na Região dos Lagos fluminense.
Segundo a força-tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil do RJ, em dois pequenos escritórios em Saquarema funcionavam mais de mil empresas-fantasma que usufruíam de benefícios fiscais ilegais concedidos pelo então prefeito Antonio Peres Alves, em leis complementares.
Dentre as empresas investigadas, funcionavam no local firmas que recebiam valores da CBV para a prestação de serviços que nunca foram realizados.
A 1ª Vara de Saquarema expediu 14 mandados de busca e apreensão. A Justiça determinou também o bloqueio de R$ 52 milhões dos envolvidos. Não há pedidos de prisão, mas o irmão do ex-prefeito, Antonio Cesar Alves, foi preso em flagrante por posse de arma.
Alguns dos alvos de buscas são:
Ary Graça Filho, ex-presidente da CBV e presidente da Federação Internacional de Voleibol (FIVB);
A sede da CBV, na capital fluminense;
A Cidade do Vôlei, em Saquarema;
Antonio Peres Alves, ex-prefeito de Saquarema;
Manoela Peres, atual prefeita de Saquarema e mulher de Antonio;
Fabio André Dias Azevedo, ex-superintendente da CBV e atual diretor-geral da FIVB.
Na casa de Ary Graça no Leblon, agentes apreenderam, em espécie, 20 mil dólares e R$ 15 mil. O dirigente não estava na residência, que precisou ser arrombada.
As investigações ficaram a cargo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP) e do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil fluminense.