O Cerrado baiano, que ocupa quase toda a região oeste da Bahia, continua a ser destaque na mídia nacional por sua evolução na produção, produtividade e diversificação de culturas. A região é reconhecida por suas boas práticas agrícolas, promovendo a sustentabilidade social e ambiental, além de investir constantemente em pesquisas e tecnologias. Associações de produtores se destacam entre as corporações agrícolas mais organizadas e estratégicas do Brasil.

Nesta semana, o conceituado portal AgFeed destacou o cultivo de cacau pela Schmidt Agrícola, um grupo empresarial pioneiro na região. O site entrevistou Moisés Schmidt, atual presidente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia, que compartilhou a visão da empresa sobre o futuro do cacau na região.

Conforme o AgFeed, a Schmidt Agrícola, fundada em 1979, tem se reinventado em resposta à queda nos preços da soja, expandindo seus investimentos no cultivo de cacau. Com um plano de ampliar em 2 mil hectares até 2026 e um investimento de R$ 270 milhões, a empresa se associa à Cargill para desenvolver novas tecnologias e práticas de manejo na propriedade de Riachão das Neves (BA).

Ainda conforme o portal, os preços do cacau, que atingiram um recorde de 11.040 dólares a tonelada no final do ano passado, têm motivado a empresa a focar nesse cultivo, especialmente diante da expectativa de que os preços internacionais podem ultrapassar os 15 mil dólares a tonelada. Ao portal, Moisés Schmidt destacou que a produção africana enfrenta desafios, e o Brasil tem potencial para compensar essas perdas, com uma demanda reprimida significativa, especialmente na América do Norte.

As áreas de cacau da Schmidt – reporta o AgFeed –, se beneficiam de um clima favorável e irrigação completa, apresentando uma produtividade média de 250 arrobas (cerca de 3,75 toneladas) por hectare. A empresa aplica sua expertise em gestão e tecnologia do mercado de grãos, incluindo a mecanização das operações, algo ainda raro no setor.

Com as promissoras perspectivas do mercado – enfatiza o AgFeed – a Schmidt Agrícola não descarta a possibilidade de firmar novas parcerias e até quintuplicar seus investimentos, podendo alcançar R$ 1 bilhão. Além disso, a criação da Biobrasil Mudas, em 2020, visa suprir a demanda por mudas de cacau, facilitando a expansão das áreas cultivadas.

AgFeed conclui dizendo que, diante da incerteza no mercado de soja, a empresa opta por manter suas áreas atuais de cultivo e ampliar apenas no Tocantins, prevendo um novo recorde de produção de soja na safra 2024/2025. No entanto, o foco claro da Schmidt está voltado para o potencial do cacau, consolidando ainda mais a importância do Cerrado baiano na agricultura nacional.

Fonte//Cerrado Rural Agronegócios

Sem comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *