Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Civil cumpriu 11 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em cinco casas onde as travestis eram mantidas, em Taguatinga Sul e no Riacho Fundo. Dez suspeitas foram presas e uma está foragida. Segundo a delegada, ao menos 50 vítimas faziam trabalho sexual forçado para a organização.
“É uma técnica de dominação criar esse vinculo de afeto. Por trás não tinha nada disso. A gente percebeu que era uma manipulação pra criar afeto e a travesti acaba sem ter noção que é vítima”, disse Elisabete, à frente da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes por Orientação Sexual (Decrin).
Segundo as investigações, a organização cooptava travestis em outros estados para trabalhar com prostituição na capital, principalmente no Pistão Sul em Taguatinga. De acordo com a delegada Elisabete, as vítimas eram atraídas pela internet, em redes sociais, e por meio de contatos de amigas.
Como é comum em esquemas de tráfico de pessoas, as vítimas são financiadas pelos próprios criminosos para aceitar uma promessa de emprego. Quando chegam ao destino, tornam-se dependentes do esquema e, no caso investigado pela Operação Império, são obrigadas a se prostituir para pagar as dívidas.
Do G1