A chegada do furacão Milton à Flórida, nos Estados Unidos, deixou milhões de pessoas sem luz e provocou inundações na costa oeste do estado, na noite de quarta-feira (9) e na madrugada desta quinta-feira (10). O fenômeno perdeu força ao longo da madrugada, enquanto avançava pelo continente, mas o perigo permanecia.
Mais cedo, os meteorologistas alertaram que Milton tinha potencial de danificar casas, derrubar árvores e causar inundações ao elevar a maré em até 4,5 metros. Até a última atualização desta reportagem não havia informações sobre feridos.
Quando tocou o solo, por volta das 21h30 de quarta-feira, Milton tinha ventos de até 205 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Às 23h50, as rajadas estavam na casa de 165 km/h. Por volta das 2h, os ventos estavam em 145 km/h.
Mais de 2 milhões de imóveis estavam sem energia em todo o estado da Flórida na madrugada desta quinta. Em Fort Meyers, na costa oeste, ruas ficaram alagadas. Antes mesmo de tocar o solo, a aproximação de Milton à Flórida havia causado estragos. Pelo menos 19 tornados destruíram 125 imóveis e derrubaram árvores no estado. Desde então, trabalhos de busca e resgate estão em andamento.
Destroços cobrem o chão próximo a um guindaste que caiu sobre um edifício em São Petersburgo, na Flórida, com os fortes ventos do furacão Milton — Foto: Chris Urso/Tampa Bay Times via AP
Veja a seguir o que esperar para as próximas horas:
- Enquanto avança pela Flórida, a tempestade vai perdendo força, até voltar para o Oceano Atlântico.
- A expectativa é que Milton permaneça no solo da Flórida até sexta-feira (11), pelo menos.
- As autoridades esperam que o furacão deixe um rastro de destruição, danificando casas e derrubando árvores.
- Rodovias da Flórida também devem ser varridas ou sofrer bloqueios.
- O governo pediu para que os moradores não deixem os abrigos até a tempestade parar.
- Socorristas estão posicionados para resgatar as vítimas.
- Autoridades federais dos EUA foram enviadas para Flórida para coordenar os serviços emergenciais.
- Analistas de mercado preveem prejuízos que podem chegar a US$ 100 bilhões.
Fonte//G1 – Foto: Joe Raedle/AFP