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Na noite desta quinta-feira (29), um incêndio atingiu o galpão da Cinemateca Brasileira na Vila Leopoldina, em São Paulo. O Corpo de Bombeiros foi chamado para um um prédio comercial, no endereço há um galpão de cerca de 6.356 m² de área construída onde parte do acervo da Cinemateca Brasileira é guardado.
Informações preliminares apontam que não há vítimas no local. De acordo com o major Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, no galpão há materiais altamente inflamáveis. A estrutura já havia sido atingida por outro incêndio em 2016. Na ocasião, cerca de 500 obras foram destruídas pelas chamas. Em 2020, outra parte do acervo foi perdida após um temporal que gerou um alagamento.
Em audiência realizada no último dia 20, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) alertou o governo federal, responsável pela Cinemateca Brasileira, para o risco de incêndio. O risco de incêndio foi observado tanto na sede da Cinemateca, na Vila Mariana, como nos galpões da Vila Leopoldina.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou em uma das salas de acervo histórico de filmes que fica no primeiro andar. Essa parte é dividida entre três salas, uma delas com acervo de filmes entre 1920 e 1940 e uma das salas de arquivo impresso, também histórico. No andar térreo, tem uma parte grande do acervo histórico que não foi atingida.
No prédio, ficavam gravados 1 milhão de documentos da antiga Embrafilme, como roteiros, artigos em papel, cópias de filmes e documentos antigos. Alguns tinham mais de 100 anos e seriam usados na montagem de um museu sobre o cinema brasileiro.
Em nota, a Secretaria Especial da Cultura afirmou que “todo o sistema de climatização do espaço passou por manutenção há cerca de um mês como parte do esforço do governo federal para manter o acervo da instituição. A Secretaria já solicitou apoio à Polícia Federal para investigação das causas do incêndio e só após o seu controle total pelo Corpo de Bombeiros que atua no local poderá determinar o impacto e as ações necessárias para uma eventual recuperação do acervo e, também, do espaço físico. Por fim, o governo federal, por meio da Secretaria, reafirma o seu compromisso com o espaço e com a manutenção de sua história”, diz o texto.