A região Matopiba, que reúne os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a última fronteira agrícola do Brasil, celebrou um marco importante para a cadeia produtiva do algodão e para o fortalecimento do setor, na noite desta sexta-feira (29). Em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) inaugurou, na presença do governador Jerônimo Rodrigues, sua nova sede e o maior Centro de Análise de Fibras da América Latina. Localizado às margens da BR-020, o novo complexo ocupa uma área total de 10.442,60 m². Na ocasião, também foi realizada a posse da nova diretoria da Abapa para o biênio 2025/2026, tendo como presidente Alessandra Zanotto Costa.

“Estou muito feliz, pois esse é um passo significativo para o fortalecimento do setor agrícola baiano e brasileiro. A inovação e o investimento em tecnologia, como esse novo centro, são essenciais para consolidarmos a Bahia como um grande polo de produção de algodão e para avançarmos no desenvolvimento sustentável do nosso agronegócio”, destacou Jerônimo.

Antes primeira vice-presidente da Abapa, Alessandra Costa sucede Luiz Carlos Bergamaschi, que encerra sua gestão à frente da associação. A nova presidente explicou como pretende contribuir para o fortalecimento da cadeia. “Eu pretendo não só dar continuidade a todo esse trabalho que já foi feito até aqui nesses quase 25 anos, mas também seguir com inovações, com mais sustentabilidade e com tudo aquilo que não só os nossos associados, os nossos condutores, que são o grande coração dessa associação, mas que toda a cotonicultura baiana, a sociedade do Oeste da Bahia principalmente merece”, garantiu Alessandra

Estrutura moderna

A infraestrutura da Abapa conta com uma sede administrativa moderna e funcional, um auditório com capacidade para 500 pessoas e o Museu do Algodão, tudo projetado para oferecer eficiência no atendimento aos associados e conforto aos visitantes. Jerônimo aproveitou a oportunidade para conhecer também as instalações do laboratório, além de presidentes das associações de produtores de algodão de outros estados e importantes lideranças políticas e do agronegócio nacional.

Deixando o comando da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi falou sobre o laboratório da entidade, que trata-se de uma obra moderna e sustentável, que aproveita de forma inteligente os recursos naturais, como a energia solar e o aproveitamento das boas condições climáticas da região. “Ela adota um modelo de economia circular, o que, sem dúvida, contribuirá para o crescimento do nosso setor, especialmente no cultivo de algodão. Além disso, proporcionará um ambiente mais agradável para aqueles que vêm nos visitar, trabalhar conosco ou participar de nossos eventos. Com certeza, essa infraestrutura atrairá mais competidores para o setor e oferecerá resultados mais rápidos e eficazes. O novo laboratório, permitirá uma análise mais ágil, otimizando todo o processo.”

O Centro de Análise de Fibras foi projetado para atender à crescente demanda da região, destacando-se pela sua tecnologia de ponta. Inicialmente, contará com 16 equipamentos HVI, com capacidade para realizar até 34 mil análises diárias. Além disso, o centro possui potencial para expansão, podendo chegar a 28 equipamentos e atingir uma capacidade de 60 mil análises diárias, garantindo assim agilidade e precisão na classificação do algodão produzido na Bahia.

Repórter: Joci Santana/GOVBA

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