Dois homens foram presos, nesta quarta-feira (4), suspeitos de liderar um grupo criminoso que falsificava sementes de milho e soja, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia.

As prisões ocorreram durante a Operação Piratas do Agro, realizada de forma conjunta pela Polícia Civil nos estados da Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Segundo a polícia, a ação era executada nas cidades de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, além de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, no oeste baiano. A fraude consistia na comercialização indevida de material de baixa qualidade, que seria destinado à indústria de ração, como grãos selecionados.

Para isso, sementes de milho e soja passavam por processos de tintura e eram vendidos como grãos de alto rendimento no mercado agrícola, que é destaque no oeste baiano.

“A procura dessa semente é muito grande, então eles falsificavam outras para que parecessem ela, inclusive, também falsificavam as embalagens e documentos fiscais, e revendiam para produtores”, afirmou o delegado Heleno dos Santos, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil (Draco) de São Luiz Gonzaga.

As embalagens eram falsificadas com o nome de uma empresa do ramo. A gráfica que produzia os rótulos com a logomarca fica em Fernandópolis, no interior de São Paulo.

A fraude era praticada há pelo menos três anos e o prejuízo estimado é de R$ 20 milhões. Nesta quarta-feira, ao todo, 21 pessoas foram alvos da ação, 44 mandatos de busca em apreensão foram cumpridos em residências e 33 veículos foram apreendidos. Além disso, foram encontradas armas e agrotóxicos em situação irregular.

Também foram recolhidos notebooks e documentos, equipamentos e materiais utilizados na falsificação das sementes para a venda ilegal, conforme o delegado Rivaldo Luz, que atua na coordenação da Polícia Civil no oeste baiano.

As apurações seguem para tentar prender outros envolvidos e esclarecer todos os desdobramentos do caso. De acordo com a Polícia Civil, os integrantes do grupo criminoso vão responder por fraude no comércio, que é uma modalidade de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os preso e os demais investigados não tiveram nomes divulgado.

Fonte//G1

Comentário desabilitado.