Foto//Sergio Moraes/Reuters

Sem capacidade para atender todos os pedidos por fornecimento de combustível em novembro, a Petrobras informou na noite desta terça-feira (19) que a demanda adicional pelo produto poderá ser absorvida por empresas importadoras do setor.

“Atualmente, há dezenas de empresas cadastradas na ANP aptas para importação de combustíveis. Portanto, essa demanda adicional pode ser absorvida pelos demais agentes do mercado brasileiro”, informou a estatal em comunicado.

Mais cedo, a Petrobras confirmou que não poderá atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para novembro, que vieram acima de sua capacidade de produção, acendendo um alerta para distribuidoras, que apontaram para risco de desabastecimento no país.

A estatal disse que “os pedidos extras solicitados para novembro vieram 20% acima da sua capacidade de suprimento no caso do diesel e 10% acima em relação à gasolina, configurando-se como uma demanda atípica tanto em termos de volume como no prazo para fornecimento.”

Na semana passada a Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) – que representa mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis – afirmou que a petroleira teria avisado diversas associadas sobre “uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel” para novembro.

Isso porque, segundo a Brasilcom, as empresas não estão conseguindo comprar combustíveis no mercado externo, pois os preços do mercado internacional “estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil”.

Sem desabastecimento

Também nesta terça-feira, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirmou que “não há indicação de desabastecimento no mercado nacional de combustíveis, nesse momento”.

“A ANP segue realizando o monitoramento da cadeia de abastecimento e adotará, caso necessário, as providências cabíveis para mitigar desvios e reduzir riscos”, disse a ANP em nota.

*G1

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