Foto//Sergei Karpukhin/Reuters
Os preços do petróleo são negociados com pequenas variações nesta quarta-feira (16), à medida que diminuíam as preocupações sobre a desaceleração da demanda na China e com sinais de progresso nas negociações entre Rússia e Ucrânia. Perto das 7h40, o petróleo Brent recuava 0,02%, a US$ 99,89 o barril, enquanto o barril WTI tinha queda de 0,18%, cotado a US$ 96,27. Mais cedo, os preços subiram mais de 2% e o Brent voltou a ser negociado acima de US$ 100.
Na véspera, o petróleo Brent despencou US$ 6,99, ou 6,5%, fechando a US$ 99,91 o barril, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) caiu US$ 6,57, ou 6,4%, a US$ 96,44 o barril. Ambos os contratos fecharam abaixo de US$ 100 dólares pela primeira vez desde o final de fevereiro.
O petróleo reduziu mais ganhos depois que a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) cortou sua previsão de demanda de petróleo para 2022, destaca a Reuters. A Opep e seus aliados na Opep+, grupo que inclui a Rússia, recusam-se, por enquanto, a aumentar a produção para aliviar o mercado. Assim, mantêm um aumento gradual de 400.000 barris diários por mês.
Com a guerra na Ucrânia, os preços atingindo uma alta de 14 anos em 7 de março, com o Brent chegando a atingir US$ 139,13. Mas desde então caiu quase US$ 40 o barril. A IEA avaliou que 3 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo e derivados russos podem não chegar ao mercado a partir de abril em razão das sanções contra a Rússia. O país é o maior exportador mundial de petróleo e de produtos refinados para o restante do mundo.
O petróleo também ficou sob pressão nesta semana devido a preocupações com a desaceleração da demanda na China, após o país adotar medidas rigorosas para conter o aumento dos casos de Covid-19. Ainda assim, os novos casos transmitidos internamente na China caíram quase pela metade no dia 15 de março, em comparação com o dia anterior.
No foco dos investidores nesta quarta-feira está também a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). A expectativa é que o Fed eleve as taxas de juros pela primeira vez em 3 anos, em 0,25 ponto percentual.
*G1