Neste mês de comemoração do meio ambiente, é bom saber que nosso país verdejante tem inestimável potencial para conduzir globalmente a transição para uma economia sustentável. Está nas mãos de todos. Somente em se tratando da região amazônica, estima-se que o valor econômico de sua socio-biodiversidade seja, no mínimo, de uns 3 bilhões de dólares, podendo ser até o dobro, isso por ano.
Por isso, devido à sua percepção econômica e, digamos, de “comércio”, urge a proteção das matas e a recuperação rápida dessas áreas, uma vez que cada governo tem agido de maneira distinta nos últimos anos, uns protegendo e outros abrindo a cancela. A crise climática tem servido para duas coisas principais, dentre tantas outras, que são detonar os biomas, mas também abrir novas perspectivas de ganho com o carbono.
Várias empresas já descobriram que é um bom investimento em soluções que tenham caráter impactante como valor econômico e de cunho social para amparo e recuperação de áreas degradadas ou sob ameaças constantes. Mas, se governos e empresários não reverterem sua lógica subordinativa da floresta à economia para seguir com um modelo diferenciado no qual a economia seja mola propulsora para uma nova realidade ambiental, ficaremos ao Deus dará. Todos devem dar a mão à palmatória e unir esforços em prol do meio ambiente. É preciso conclamar startups, ONGs, governos, empresas, investidores e políticos. É preciso pensar melhor e com a mente mais aberta.
O que vem sendo sugerido por diversas empresas e militantes é positivo, como, por exemplo, deixar as florestas em pé, produzindo, criando cadeias produtivas e ampliando as reservas para extração. São medidas de valor. Usar recursos privados, públicos e filantrópicos é de bom tom, e isso esperam Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Sustentar é a palavra-chave e o tempo não para.
*Jolivaldo Freitas
Escritor e jornalista, autor do romance “A Peleja dos Zuavos Baianos Contra Dom Pedro, os Gaúchos e o Satanás”