O primeiro prognóstico nacional para a safra 2020 de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) prevê uma produção de 238,5 milhões de toneladas, 1,0% menor que a de 2019, estimada em 240,8 milhões de toneladas.
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Dos cinco produtos de maior importância, em termos nacionais, três devem ter quedas na produção: algodão herbáceo (-0,1%), feijão 1ª safra (-1,5%) e milho 1ª safra (-1,2%). As variações positivas deverão vir do arroz (1,6%) e da soja (4,7%).
Ainda não há, para os estados, dados consolidados deste primeiro prognóstico para 2020. Mas já se preveem para a Bahia aumentos na produção de soja (de 5,258 milhões para 5,4 milhões de toneladas, +2,9%), milho 1ª safra (de 1,365 milhão para 1,386 milhão de toneladas, +1,5%) e algodão (de 1,494 milhão para 1,512 milhão de toneladas, +1,2%).
Já o feijão 1ª safra tem um primeiro prognóstico de queda no próximo ano (de 172,8 mil para 143,4 mil toneladas, -17,0%).
O aumento previsto na produção baiana de soja (+2,9%) está ancorado na maior área plantada, que deve aumentar 1,3% (de 1,580 milhão para 1,6 milhão de hectares) e no rendimento médio, que deve crescer 1,6%, de 3.328 para 3.381 kg/hectare. Ainda assim, a safra de 2020 de soja no estado deve ficar menor que o recorde colhido em 2018 (6,244 milhões de toneladas).
A Bahia deve contribuir para o aumento previsto de 4,7% na produção brasileira de soja, que deve chegar a 118,4 milhões de toneladas em 2020, segundo este primeiro prognóstico, com aumento de 0,7% na área a ser plantada e de 3,9% no rendimento médio.
Já o aumento previsto para 2020 na produção baiana de algodão herbáceo (+1,2%) deve ser o maior entre os principais estados produtores, resultado do aumento de 5,4% na área plantada (de 332 mil para 350 mil hectares).
Para o Brasil como um todo, o primeiro prognóstico da safra 2020 de algodão estimou uma produção de 6,881 milhões de toneladas, 0,1% menor que a de 2019 (6,888 milhões de toneladas). O recuo é explicado por incertezas quanto ao clima, que estão reduzindo a estimativa do rendimento médio da cultura.